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domingo, 13 de outubro de 2013

É o Fim

É o Fim
(This is the End, 2013)
Comédia - 107 min.

Direção: Seth Rogen, Evan Goldberg
Roteiro: Seth Rogen e Evan Goldberg

com: Seth Rogen, Jay Baruchel, James Franco, Jonah Hill, Craig Robinson, Danny McBride, Emma Watson, Michael Cera

Pegue um grupo de atores famoso por comédias despudoradas e cheias de palavrões, referências sexuais e consumo de drogas (lícitas ou ilícitas), junte um monte de piadas internas, referências ao cinema catástrofe e de horror e você tem a receita utilizada por Evan Goldberg e Seth Rogen para criar essa bobagem razoavelmente divertida chamada É o Fim.

Interpretando "eles mesmos", o elenco tem o próprio Rogen ao lado de Jay Baruchel, James Franco, Jonah Hill, Danny McBride, Craig Robinson além de participações de Emma Watson, Michael Cera, Jason Segel, Christopher Mintz-Plasse, Rihanna entre outros. A trama por sua vez é simplória e direta: Jay Baruchel chega a Los Angeles para passar uns dias com seu amigo Seth Rogen, numa overdose de games e maconha. Só que Seth foi convidado para a festa de inauguração da nova casa de James Franco e decide ir até lá. Uma vez lá, encontram todos os outros citados e a diversão, piadas internas e bobagens mil rolam soltas até... o mundo começar a acabar.

A partir dai o filme toma o rumo da comédia de humor negro que beira o trash. Uma quantidade generosa de ofensas, palavrões, tiradas ácidas e satíricas fazem parte do menu que infelizmente não acerta sempre. Entre um futebol com uma cabeça decepada e uma Emma Watson e um Michael Cera como você nunca viu, existem diversos exageros como os cometidos por Danny McBride cada vez mais sem graça toda vez que está em quadro ou por Seth Rogen que mesmo sendo generoso ao fazer piada dele mesmo não consegue segurar a barra de dirigir e manter a piada divertida por tempo suficiente.



Lá pela metade do filme as piadas começam a se repetir e só melhoram com uma impagável "homenagem" a um dos maiores filmes de terror de todos os tempos, que geram gargalhadas generosas e uma versão "suecada" de uma eventual sequência de Pinneaple Express, um dos trabalhos mais divertidos que essa turma participou.

Existe algo de muito saudável em não se levar a sério e só pelo fato desses atores se prestarem a usarem seus nomes e "teoricamente" suas próprias personalidades para dar vida aos personagens já é algo de se respeitar. Exagerar elementos que o próprio público questiona como a sexualidade de James Franco ou o fato de Seth Rogen "interpretar sempre o mesmo papel", ou brincar com a indicação de Jonah Hill ao Oscar ou ao retumbante fracasso de "Your Highness" (comédia das piores com Franco e McBride) dão mais força ao filme e divertem o público. Especialmente quando essas personas não são exemplos de muita coisa. Se Craig Robinson bebe sua própria urina e Danny McBride tem problemas em "controlar seu desejo", James Franco parece apaixonado por Seth Rogen que por sua vez tem um trauma sexual bastante bizarro. Jay Baruchel talvez seja o único "menos estragado" da brincadeira embora sua personagem tenha um segredo referente a seu grande amigo Seth. E Jonah Hill impagável e cheio de cacoetes afetados é o que melhor se sai, ao lado das já citadas aparições de Michael Cera e Emma Watson.

Tudo em É o Fim é propositalmente "mal feito", incluindo ai oi uso de computação gráfica, a canastrice de muitos atores do filme e as dezenas de momentos simplesmente idiotas. Mas essa era a intenção dos caras. Pegaram uma câmera, tiveram essa ideia absurda e juntaram um monte de amigos para se filmar e fazer piada em frente da câmera. Nada mais do que isso. No meio dessa bagunça existe um filme, mas que por vezes simplesmente não tem graça.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

30 Minutos ou Menos

30 Minutos ou Menos

(30 Minutes or Less, 2011)
Comédia - 83 min.

Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Michael Diliberti

Com: Jesse Eisenberg, Danny McBride e Aziz Ansari

Desde que o primeiro pôster de 30 Minutos ou Menos foi divulgado criei uma nada saudável expectativa quanto ao filme. A ideia parecia - no mínimo - bastante promissora. Apresentava a historia de um pacato e infantilizado entregador de pizza de vinte e poucos anos (Jesse Eisenberg) que é sequestrado, amarrado a uma bomba relógio, e obrigado a assaltar um banco para uma dupla de idiotas, antes que o dispositivo exploda e o sujeito, obviamente, morra.

O que poderia render uma comédia hilariante, na verdade se transforma em um lento e chatíssimo desfile de situações inverossímeis e mal realizadas, comandadas com mão pesada por Ruben Fleischer e escorado pelo roteiro mais que infeliz de Michael Diliberti. Fleischer vinha do sucesso inesperado de Zumbilândia, em que também ao lado de Eisenberg conseguiu conduzir uma história profundamente divertida e cheia de referências pop.

Em 30 Minutos, não existem referências pop, mais uma coleção de momentos pretensamente engraçados que resultam em sorrisos amarelos, bocejos sonolentos e puro desconforto. Além de não ser essencialmente um personagem, Nick (vivido por Eisenberg) é um sujeito muito chato. Um "crianção" que ainda vive tentando se descobrir na vida e que não tem coragem para assumir sua paixão pela irmã de seu melhor amigo. O tal amigo - vivido por Aziz Ansari - é o que filme tem de melhor (o que não é grande coisa). Funcionando como a ligação entre os absurdos do filme e o "mundo real", Chet é o personagem que observa como Nick desperdiça sua vida, e mesmo com algumas atitudes infantis (como a de proibir o amigo de falar com a irmã como moeda de troca para ajudá-lo) é o que de mais próximo temos de alguém real nessa bobagem chamada 30 Minutos ou Menos.


E chegamos a Danny McBride. O que dizer a respeito desse camarada que caminha a passos largos para se tornar tão insuportável quanto um Rob Schneider ou um Adam Sandler em seus piores dias. Danny não é engraçado, não é bom ator e acredita (imagino mesmo que acredite, já que todos os filmes em que McBride surge ele faz as mesmas coisas) que a ofensa e as piadas de banheiro e sexuais são o máximo da comédia no mundo. Ele vive um garoto mimado e idiota que sequestra o personagem de Eisenberg com ajuda de outro personagem igualmente imbecil, prende a bomba ao rapaz para força-lo a arrumar o dinheiro necessário para que possam matar seu próprio pai. Essa confusão toda do plot, me gerou uma dúvida.

Se Dwayne e seu amigo imbecil Travis (Nick Swardson) tem dinheiro suficiente para criar uma bomba, ou para terem bazucas ou mesmo lancha chamas, não seria muito mais fácil (e inteligente, e aí é exigir demais) vender esse material e usar o dinheiro para contratar o tal matador?

O tal assalto - é tão, mais tão idiota - que dura cerca de 5 minutos na tela, e dá a impressão de que qualquer um (mesmo) pode invadir uma pequena agencia bancária e roubar um banco sem grande dificuldade. Longe de existir qualquer tensão, o filme não consegue instigar a possibilidade de que os mandantes do tal assalto possam sair vitoriosos.


30 Minutos ou Menos é uma comédia em que não se ri. Em que as boas ideias são desperdiçadas em detrimento do humor adolescente no pior dos sentidos e em que somos levados a torcer por um pós-adolescente covarde e por um sujeito com um ciúme patológico de sua irmã. Podia ser pior, de repente teríamos de torcer para McBride libertar uma princesa de um bruxo em uma fantasia medieval...