O tempo para ver as estreias rarearam, mas continuo vendo filmes (e até algumas estreias porque não?). E quem quiser continuar lendo está convidado a acompanhar essa "nova fase" do blog. Resenhas (e não mais crítica longas) diretas ao ponto, sobre o que "andei vendo".
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
(Saving Mr. Banks, 2013)
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Kelly Marcel, Sue Smith
com: Emma Thompson, Tom Hanks, Paul Giamatti, Colin Farrell, Ruth Wilson
Uma das histórias de bastidores mais saborosas de Hollywood é a intensa e longa corte feita por Walt Disney sobre a autora de Mary Poppins, P.L. Travers. Os relatos apontam que o criador do império da animação levou mais de vinte anos para conseguir tirar do papel sua ideia de um filme sobre o famoso livro.
O filme (com um dos títulos nacionais mais auto-explicativos que já vi) conta essa história focando-se na personagem interpretada por Emma Thompson, mostrando-a no presente do filme - quando ela chega a Hollywood para finalmente acompanhar o início da produção e dar seus pitacos - e seu passado, quando nos é explicado o que aconteceu para que o livro tomasse forma.
A personagem de Thompson é muito, mas muito chata. Daquelas pessoas que nada satisfaz, tudo é indigno de sua atenção e nada emociona. Tudo é problema, e isso imediatamente impõe uma barreira gigante entre o público e sua protagonista. É claro que vamos acompanhar os motivos de sua personalidade (quase) detestável ter sido formada, mas em geral seu personagem é um problema no filme. Outro é a transformarçnao de Walt Disney no sujeito mais legal do mundo. Não é nenhum segredo que apesar de seu trabalho ter sido fantástico e suas criações maravilhosas, sua personalidade não era tão dócil assim, mas essa visão do criador é comprensível, devido a produção ser - obviamente - do estúdio que ganhou seu nome.
Walt é um filme "bacaninha". Daquelas historinhas água com açucar que não ofende ninguém, que vai encontrar um público ávido por esse tipo de trama, mas que em geral, não vai a fundo no que e propõe. P.L. Travers é uma senhora irritante e traumatizada e Walt, um quase santo ancorado por uma promessa aos filhos. E só. Muito pouco para uma cinebiografia que coloca como protagonistas duas figuras tão importantes como Disney e Travers.
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