O tempo para ver as estreias rarearam, mas continuo vendo filmes (e até algumas estreias porque não?). E quem quiser continuar lendo está convidado a acompanhar essa "nova fase" do blog. Resenhas (e não mais crítica longas) diretas ao ponto, sobre o que "andei vendo".
PS: vou tentar manter esse tipo de publicação constante.
(All is Lost, 2013)
Direção: J.C. Chandor
Roteiro: J.C. Chandor
com: Robert Redford
Um homem, o mar e a solidão. Praticamente mudo, "All is Lost" nova produção do jovem e talentoso J.C. Chandor, roteirista e diretor de "Margin Call" é a revisão do tema do homem enfrentando a natureza para sobreviver. Ano passado, Ang Lee propôs o mesmo argumento, misturando-o a discussão religiosa e afins, com uma linguagem fabulesca e fantasiosa. Anos atrás, Robert Zemeckis em seu "Náufrago" utilizou-se do drama para contar a mesma trama.
J.C. Chandor é mais "realista". Não existe um personagem orelha para ouvir as dúvidas do protagonista, seja um tigre ou uma bola de vôlei. Aqui, o homem está perdido e resta a ele a dura existência solitária e a luta pela sobrevivência. Por que ele está lá? Pouco importa, não é esse o recorte que o filme propõe. Ele propõe ao público acompanhar essa situação extrema e nos coloca como voyeurs, torcendo e imaginando soluções que o protagonista possa encontrar.
Robert Redford atua com o peso da idade de um senhor de mais de sessenta anos. Não existem momentos heróicos, soluções mirabolantes, apenas um sujeito enfrentando o desespero da morte iminente e agindo para evitá-la. Chandor cria aqui um filme silencioso, dando destaque ao som quando a natureza surge para desafiar o protagonista. Talvez esse clima trágico seja prejudicado com os últimos minutos da projeção, mas, depois de tanta tensão, me parece merecido uma singela recompensa.
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