O tempo para ver as estreias rarearam, mas continuo vendo filmes (e até algumas estreias porque não?). E quem quiser continuar lendo está convidado a acompanhar essa "nova fase" do blog. Resenhas (e não mais crítica longas) diretas ao ponto, sobre o que "andei vendo".
PS: vou tentar manter esse tipo de publicação constante.
Trapaça
(American Hustle, 2013)Direção: David O. Russell
Roteiro: Eric Warren Singer e David O. Russell
com: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner
Queria saber qual o feitiço que David O. Russell usou. Quais são as palavras mágicas que ele calmamente aprendeu para conseguir seguidamente o apreço de boa parte da crítica e dos votantes que elevaram seus três últimos filmes a indicações ao Oscar. E mais, levou o próprio diretor a sua terceira indicação seguida também. Isso sem contar, que no caso de American Hustle conseguiu cravar a indicação dos seus quatro protagonistas, com chances reais de uma delas (Jennifer Lawrence) ser premiada.
E por que começo o texto desse jeito? Por que esse "Trapaça", está longe de ser uma porcaria, mas está mais longe ainda de ser essa fantástica produção que vem sendo vendida. A trama é reciclada de outros filmes de assaltos/golpes e os protagonistas apesar de visualmente serem muito bem caracterizados sofrem com a história já citada, embora Russell tenha o jeito para dirigir atores. Ele realmente consegue fazer seus interpretes acertarem. A tal "Trapaça" que dá título em português ao filme, é a tentativa de um ganancioso agente do FBI (Bradley Cooper) em pegar figurões do governo em tramóias corruptas. Para isso, ele conta com a ajuda do malandro personagem vivido por Christian Bale e de sua comparsa e amante interpretada por Amy Adams. Uma vez que o agente acaba os prendendo, lhes dá uma saída: ou ajudam ou acabam presos. Junta-se ao entourage, a mulher de Irving (Bale), Rosalyn (Jennifer Lawrence), uma alcoólatra surtada que serve mais como problema do que como auxílio.
Apesar do quarteto estar realmente bem, me passa a sensação de estar vendo mais um filme "bacana, mas que será facilmente esquecível, o mesmo problema que muitos colegas e espectadores notaram no igualmente laureado "O Lado Bom da Vida". Se ali, eu consegui enxergar uma química interessante entre Lawrence e Cooper e uma trama de fundo bastante convincente, o que me fez relevar os excessos fabulescos da história, aqui essa sensação inexiste. Temos uma história divertida é verdade (as participações especiais são ótimas, especialmente a de Louis C.K.) mas que não tem um grande momento, uma grande frase ou mesmo algo que realmente tenha conseguido me emocionar. Salva-se - com muitos méritos - os figurinos, cabelos e design de produção que retratam perfeitamente uma época e a excelente seleção musical. Me parece muito pouco pra tanta comoção.
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