terça-feira, 8 de junho de 2010


Carrie, a Estranha (Carrie, 1976)



De: Brian De Palma

Com: Sissy Spacek, Piper Laurie, John Travolta, Nancy Allen


Em 1976 saiu a primeira versão do longa Carrie, A Estranha, baseado no romance Carrie, de Stephen King, curiosamente este é o primeiro romance que King lançou.

Dirigido por Brian de Palma. Estrelando Sissy Spacek como Carrietta White, Piper Laurie como a severa mãe de Carrie, Margaret White, Nancy Allen como Chris Hargensen, a patricinha arrogante que vive zombando de Carrie, Amy Irving como Sue Snell outra garota que caçoava de Carrie mas logo se arrependeu, Betty Buckley como a professora Miss Collins e o jovem e desconhecido até então, John Travolta como Billy Nolan, o namorado de Chris.

O filme gira em torno de uma garota, a própria Carrie, que sofre com freqüentes abusos do pessoal da escola e também da sua mãe, Margaret, uma mulher extremamente conservadora e religiosa, que criou sua filha na base da violência e de ameaças iniciando o trauma da pobre garota.




Na escola, Carrie, que está no último ano, sofre um extremo preconceito das outras garotas por ela parecer uma garota esquisita, introvertida, tímida e não ser tão bonita ou “descolada” como as garotas populares.

Logo na primeira cena do filme, no qual todas as garotas saem da aula de Educação Física e vão para o vestiário o filme já mostra-se bem interessante. Enquanto Carrie está no banho, ela sofre sua primeira menstruação, espalhando o sangue através da água por todo o vestiário chocando todas as meninas e também sua professora de educação física. Mas o que choca mais a todos é o fato que Carrie não tinha a mínima idéia sobre o que estava acontecendo, pois sua fanática mãe nunca conversou sobre isso com ela.
Com o tempo, Carrie acaba descobrindo que tem poderes de telecinéticos e telepáticos. E assim começa a trabalhar esses seus dons que foram despertados.




Enquanto isso na escola, Carrie continua sofrendo muito com a zombaria dos outros alunos da escola, especialmente de Chris, que acaba pegando detenção e suspensa do baile de formatura. Mas outros alunos como Sue Snell acabam ficando com pena de Carrie e passam a querer ajudar a garota. Chegando ao ponto de Sue persuadir seu próprio namorado, o popular Tommy a ser o par de Carrie no baile de formatura.

Paralelo a isso, Chris, furiosa, planeja com seu namorado, Billy uma grande vingança contra Carrie. Vingança que envolve sangue de porco.

Óbvio que na hora do baile de formatura o filme fica extremamente interessante e obviamente eu recomendo o leitor a assistir pois o momento da vingança de Chris é uma das cenas mais famosas e memoráveis do cinema. Mas o pequeno detalhe é que mal sabem os alunos e convidados do baile de formatura que Carrie tem alguns poderes paranormais.



Em 2002 foi lançado uma nova versão do filme que foi veiculado pela TV. Obviamente que o custo não devia ser dos mais altos, mas achei a versão bem interessante apesar de soar visualmente amador em alguns momentos. Mas a atuação dos personagens, especialmente a garota que interpreta Carrie, a atriz Angela Bettis, e principalmente a história acaba agradando do mesmo jeito ou até mais que a versão original. Os efeitos especiais da versão nova chegam a ser deploráveis, pelo menos para o contexto da época. Afinal 2002 a tecnologia já estava bem avançada.

Mas claro que essa versão tem seus pontos grandiosos, principalmente na parte em que Carrie está indo para o baile de formatura e na parte que ela está no salão com seu acompanhante onde tudo parece como um belo conto de fadas, um belo sonho, que em questão de minutos se torna em um grande pesadelo. Assim como a residência de Carrie que é um grande pesadelo, com todos aqueles móveis amontoados devido aos poderes telecinéticos de Carrie.


Existem algumas diferenças entre as duas versões, principalmente na forma que os filmes começam, incluindo a forma que a história é contada e o final do longa. Recomendo ao leitor que assista as duas versões e tire a suas próprias conclusões.

Um grande clássico do terror que vale a pena ser lembrado, independente de qual versão, principalmente pelo fato que essa obra marca o início da carreira do grande escritor Stephen King, vale a pena assistir!

PS 1: Foi feita uma sequência do filme em 1999, The Rage, que foi um grande fiasco.

PS 2: Sissy Spacek, graças a sua grande atuação como Carrie, na primeira versão, concorreu ao Oscar de melhor atriz em 1977.


Um comentário:

  1. Carrie de 1976 é muito mais interessante que essa versão moderna pouco atrativa. E o legal é ver Travolta no filme como (Billy Nolan)
    Os mais jovens poucos sabem da participação do ator nesse
    Tadinha da Carrie ela sofre de mais nas mãos da mãe maluca e dos colegas sádicos da escola. Deus me livre de viver assim!!!!
    Acho que vale a pena assistir as duas versões para descobrirmos como os tais remakes podem ser a pior coisa a ser feita no cinema.
    Saudade de passar por aqui, abraços para toda equipe

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