sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Bebê de Rosemary
(Rosemary's Baby, 1968)

De: Roman Polanski

Com: Mia Farrow, John Cassavettes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer, Maurice Evans, Ralph Bellamy


Baseado no romance de Ira Levin, Rosemary’s Baby, de 1967, o longa de mesmo nome, dirigido por Roman Polanski foi lançado em 1968 e foi um grande sucesso na época, ganhando muitos prêmios como Globo de Ouro e Oscars, sendo celebrando hoje em dia como um grande clássico do terror e do cinema em geral. Estrelando grandes nomes como Mia Farrow como Rosemary, John Cassavetes, como o marido Guy Woodhouse, Ralph Belamy como Dr Sapirstein, Ruth Gordon como a vizinha Minnie Castevet, entre outros.


Um fato curioso é que Jack Nicholson recusou o papel de Guy Woodhouse!






E só um adendo, Anton LaVey NÃO fez o papel do diabo, naquela cena clássica e sim Clay Tanner.


Apesar de ser considerado um clássico do terror, eu considero muito mais um suspense com alguns elementos fantásticos, que envolve assuntos ocultos, que normalmente assustam as pessoas. Além da trilha sonora que soa como a de um típico filme de terror.






A história é extremamente simples, Rosemary Woodhouse, uma dona de casa se muda para um novo condomínio em Nova York junto com seu marido Guy Woodhouse, um ator sem sucesso até então. No condomínio há um histórico de alguns eventos estranhos que ocorreram no passado e ficaram sem explicação, mas até então isso não incomodou o jovem casal.


Os vizinhos do condomínio são todos mais velhos, incluindo entre eles os intrometidos Castevet, que aparentemente são pessoas de boa índole, mas obviamente que eles possuem outros interesses. Guy acaba ficando muito próximo do casal Castevet, enquanto Rosemary acaba se isolando de tudo e logo começa perceber algo estranho em relação a toda vizinhança. E inexplicavelmente algumas coisas começam a favorecer a carreira de Guy como ator. Ele começa a conquistar sucesso através da tragédia na vida pessoal de outros atores.






Num outro dia, empolgado com o sucesso, Guy resolve ter um filho com Rosemary. Aparentemente durante o ato sexual, Rosemary teve estranhas visões como esse estivesse transando com outra pessoa. Na verdade, não era bem uma pessoa, mas também não era o Anton LaVey ;)


Enfim, após tudo isso, Rosemary descobre que seu filho vai nascer no dia 28 de Junho de 1966, isto é 6/66. Segundo o cristianismo e o Iron Maiden, esse é o número da besta.


Os vizinhos Castevet começam a insistir que Rosemary faça um acompanhamento no obstetra amigo deles, Dr. Sapirstein, tudo com muito apoio do marido. Rosemary começa enfrentar sérios problemas durante a gravidez no qual você deve ver o filme caso ainda não viu, e começa perceber um clima estranho de conspiração no ar.





Aparentemente, Rosemary está enlouquecendo por causa dessa gravidez e começa a suspeitar que os vizinhos e o doutor recomendado tem algum envolvimento com um culto misterioso que possui algum pacto com Satanás ou alguma entidade maligna.


Daí pra frente se você não viu o filme assista. O final e os fatos que antecedem ele são bem interessantes.


Apesar da simplicidade da história, posso garantir que acaba prendendo o espectador até o fim, gerando um grande impacto no final, tamanho o seu envolvimento com a trama. Acredite!




Vale lembrar que a trilha sonora do polonês Krisztof Komeda é muito boa e de certa forma assustadora. Não só a trilha principal, mas a trilha nos momentos de tensão também.


Inevitavelmente, alguns elementos no filme são datados, mas isso é algo muito comum principalmente por ser um filme gravado há 40 anos!!





Resumindo esse é um clássico extremamente recomendável, se você não assistiu vá assistir imediatamente, se já assistiu comente aqui ou critique o texto ou então elogie esse grande clássico do cinema!!
 
Adendo do Editor:
 
Antes de mais nada gostaria de dizer que gostaria muito de ter escrito sobre o filme e talvez escreva sobre num futuro. Mas PRECISO registrar minhas breves impressões, sobre esse, que pra mim é o filme mais poderoso em sua narrativa de bruxaria que já vi. Polanski é brilhante em toda a condução do suspense e do mistério, John Cassavetes (o BRILHANTE diretor) é palatável e tridimensional em sua construção de personagem e Mia Farrow é a perfeita personificação do desamparo e nos faz compelidos a uma sensação de querer bem, de proteção quanto a personagem. Como essa mulher é talentosa, fabulosa e magnética. Esse filme exerce uma profunda fascinação sobre mim e o considero um dos 5 filmes mais importantes do cinema de terror/suspense.
Mais do que obrigatório, é dever cívico !

6 comentários:

  1. Um dos preferidos do meu namorado juntamente com Exorcista.
    Este filme é tão polêmico!
    Cheiooooooooooooo de lendas...
    Particularmente MORRO de medo deste filme, não pelas lendas, mas por ser um terror psicológico.
    A obra de Polanski contém a indiscutível genialidade de aterrorizar o espectador descartando o uso de sustos repentinos e/ou carnificinas explícitas. Os personagens tem atitudes diabólicas com impressionante natureza para o mal,sei lá mas isso me pertuba.(rs)

    ResponderExcluir
  2. de fato, um filme ruim que não mostra nada interessante, que é repetido.
    filmes de bruxaria e demonios são sempre falsos demais.

    ResponderExcluir
  3. É um filme genial do Polanski... Realmente tá mais para um suspense do que um terror, eu diria um terror psicológico talvez... Excelete..

    ResponderExcluir
  4. Concordo com o adendo....Tem tantas coisas para se falar sobre esse filme!!! Chega a ser fantástico as mudanças físicas que ocorrem em Rosemary!!!

    ResponderExcluir
  5. Ana, como assim "um filme ruim que não mostra nada interessante, que é repetido"?
    O Bebê de Rosemary é definitivamente um filme interessante. Pode não achá-lo uma obra-prima, como muitos pensam, mas tratá-lo como se fosse ruim é realmente estranho.

    Esse é um filme que eu preciso rever, mas que me lembro bem de algumas cenas e momentos marcantes. Vale ressaltar que de tão bem estruturado e com boas atuações, o filme inclusive recebeu uma indicação ao Oscar e levou a estatueta numa categoria de atuação - o que é difícil acontecer em filmes de terror.

    ResponderExcluir
  6. Adoro as pistas que Polanski dá no filme... Além do clima ser aterrorizante, a música tema, espécie de canção de ninar, é macabra. Grande filme, clássico de terror. Não sou muito fã da Mia Farrow, mas gostei da participação dela como Rosemary, embora ainda ache que ela é inexpressiva.

    ResponderExcluir