Trevas conta a história de Peter Neal (Anthony Franciosa em boa atuação) escritor de sucesso que chega a Roma para a divulgação de seu novo romance Tenebrae (Trevas). Alguém usa como inspiração seu novo livro para praticar assassinatos e envolve o escritor, quando ele começa a receber cartas anônimas em seu hotel. Intrigado com a situação e pressionado pela polícia (Giuliano Gemma um dos bad asses do spaghetti western, aqui vivendo o detetive Germani) decide ajudar nas investigações e por fim investigar por conta própria.
Trevas é um filme menor de Argento, pois apesar de apresentar os tradicionais elementos de sua filmografia não mantém o padrão de qualidade dos antecessores.
Além do espectador adivinhar facilmente quem é o autor dos assassinatos (e a motivação desse é muito óbvia e já foi usada milhões de vezes de forma melhor executada) ainda somos premiados com uma revelação final que no mínimo é estapafúrdia.
Os piores momentos da película acontecem da metade para o final, embora o filme tenha um clímax poderoso.
As cenas de deliro ou de sonho, que historicamente Argento tão bem faz uso, estão aqui. Toda a atmosfera barroca e deliciosamente pensada, tudo isso está presente.
Mais algo simplesmente não funciona. A história parece requentada e morna.
Apesar disso algumas cenas (como em todo Argento) marcam: a perseguição do cachorro a linda morena que trabalha no hotel, a cena do caminhar dos saltos altos vermelhos que terminam (no decorrer da cena) com um homem sendo apunhalado, um braço sendo decepado de uma forma extremamente grosseira e o final sangrento.
Vejam que citei diversas cenas esparsas, vários grandes momentos individuais, mas que não se encaixam satisfatoriamente como uma única peça. Uma pena, pois Argento está visualmente muito afiado nesse aqui.
Trevas em Imagens:
COTAÇÃO GIALLO: 3/5
Putz, este aqui é um dos mais geniais do Argento. Na minha opinião, só fica atrás de Suspiria e Deep Red.
ResponderExcluirNão consigo colocá-lo abaixo de Prelúdio não. Um dos meus favoritos de todos os tempos e a grande obra de metalinguagem no cinema.
ResponderExcluirNão consigo colocá-lo abaixo de Prelúdio não. Um dos meus favoritos de todos os tempos e a grande obra de metalinguagem no cinema.[2]
ResponderExcluirAcho esse uma das melhores coisas que o Argento escreveu, pra mim é tudo bem claro, junto...ser for visto com o olhar para o proprio Argento como protagonista.
Semeando a discórdia rsrsrs. Eu não gostei dos caminhos que o Argento escolheu, achei a revelação do assassino e a motivação bem fraquinha. Meus favoritos dele foram: Prelúdio, Suspiria, Quatro Moscas, Phenomena, Slepless.
ResponderExcluirAproveito para perguntar a vcs, oq estão achando do especial, se está bom, ruim ...
Abraços
Profondo Rosso, Suspiria, Phenomena, Tenebrae, Opera e La Sindrome di Stendhal.
ResponderExcluirEu não consigo decidir entre esses.
Tá massa Alexandre, em especial pelas caps (blogs de cinema TEM que ter caps o/). Mas eu não li com atenção ainda porque realmente não tive tempo. Fim de ano, fim de faculdade, fim de paciência, etc, hehe
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