sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Eu vi - O Hobbit: A Desolação de Smaug

tempo para ver as estreias rarearam, mas continuo vendo filmes (e até algumas estreias porque não?). E quem quiser continuar lendo está convidado a acompanhar essa "nova fase" do blog. Resenhas (e não mais crítica longas) diretas ao ponto, sobre o que "andei vendo".



PS: vou tentar manter esse tipo de publicação constante.

O Hobbit: A Desolação de Smaug
(The Hobbit: The Desolation of Smaug, 2013)
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro
com: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman, Aidan Turner, John Callen, Peter Hambleton, Adam Brown, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Lee Pace, Mikael Persbrandt, Sylvester McCoy, Luke Evans, Stephen Fry 


O que dá pra esperar de uma sequência de um filme longíssimo cujo material fonte é um livro leve e divertido transformado em um épico de fantasia? Muito provavelmente o mesmo que vemos aqui nesse Hobbit: A Desolação de Smaug, que da prosseguimento a aventura do hobbit Bilbo e da trupe de anões em busca de sua morada tomada por um dragão temível.

Disse isso quando escrevi sobre o primeiro filme: o exagero de Peter Jackson em transformar seu Hobbit em um longo apêndice de tudo que J.R.R. Tolkien já escreveu incomoda pela enorme barriga. Felizmente, ela é mais enxuta do que a vista no primeiro filme. Esse road movie (no fundo é isso que o filme é) pontua mais as discussões enfadonhas e os traumas de seus protagonistas (que continuam parecendo versões "menores" dos protagonistas da saga dos Senhor dos Anéis) com inúmeras sequências de ação que são bacanas, mas que parecem apenas atrasar a trama que continua arrastada.

A grande expectativa era ver o Smaug em pixels e cores. A contratação de Benedict Cumberbatch como voz do bicho foi interessante e o ator tem de fato um tom de voz grave que funcionou bem para o personagem (com o auxílio de um monte de filtros). Continuo achando Martin Freeman o melhor hobbit já mostrado no cinema e achando que Richard Armitrage tem o papel mais ingrato da trilogia. Seu Thorin é irritante de tão chato e nunca parece feliz com absolutamente nada, vivendo em conflitos eternos. Os demais anões, com a exceção de Kili, que tem uma ligação especial com a elfa (personagem bacana) interpretada pela linda Evangeline Lilly, continuam sem ter personalidade e ainda ganham a companhia de um novo personagem humano (Bard, que é o anti-herói da vez), do retorno de Legolas (e mais manobras mirabolantes pra mostrar como o sujeito é bom de briga) e da desnecessária revelação óbvia da identidade do misterioso Necromante, que tanto preocupava Gandalf no primeiro filme.

Em resumo, Peter Jackson continua seu surto megalomaniaco e não me parece que vai mudar. O terceiro filme parece ser a última visita do diretor ao mundo de Tolkien, mas não me assustaria se em alguns anos, Jackson voltar a esse mundo para contar (mais) sobre o mundo do autor britânico. 

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