segunda-feira, 10 de setembro de 2012



David Cronenberg e o bizarro, sinônimos, palavras gêmeas, irmãos de sangue, amigos do peito e dignos dessa lista, que - sem ordem de preferência, só pra ser "diferente"- relembra, com bom humor o mais excêntrico produzido por esse senhor (o qual sou grande fã) em nome da sétima arte.

Videodrome, 1983
(Videodrome)

Poderia dizer: qualquer frame. Mas, o mais bizarro dos filmes de Cronenberg tem momentos de pura demência genial, como James Woods enfiando sua cabeça dentro da televisão (em uma clara alusão sexual) ou retirando de sua "vagina abnominal" uma arma que se funde a seu braço. Coisa fina. 

 Enraivecida na Fúria do Sexo, 1977
(Rabid)

Além de não ser grande coisa, Rabid (ou em português Enraivecida na Fúria do Sexo) tem cenas bizarras durante toda a produção. Marylin Chambers (famosa atriz pornô do “clássico” Atrás da Porta Verde) levantando o braço e usando seu ferrão bizarro para matar suas vítimas é de uma leveza digna dos sonhos de Walt Disney.

eXistenZ, 1999
(eXistenZ)

A bizarrice estrelada por Jude Law tem momentos de gore absoluto. Desde a inserção dos canos nos personagens que os conectam até a bizarrice do tal eXistenZ culminando em um almoço formado por bichos mutantes na bandeja. Spielberg ficou com inveja.

Crash – Estranhos Prazeres, 1996
(Crash)

Se fosse preconceituoso poderia colocar a cena em que James Spader e Elias Koteas fazem sexo de forma assustadora, mas opto pelo clichê de Rosanna Arquette e sua perna ferida, com uma gigantesca cicatriz e James Spader loucamente obcecado com a condição física da co-estrela, apertando cada vez mais os pinos que prendem sua perna. E depois vocês vem me falar de fetichismo?

A Mosca, 1986
(The Fly)

Simples. O filme todo. Qualquer mensão a “Brandonfly” me causa náuseas, nesse que é sem sombra de dúvidas o mais nojento de todos os filmes do diretor. A digestão da Mosca de Jeff Goldblum é de uma elegância palaciana.

Shivers, 1975
(Shivers)

Esse é o primeiro filme de Cronenberg e talvez o seu pior (embora Rabid esteja quase lá). Depois de uma hora e pouco de semi-zumbis carniceiros devoradores de carne, Cronenberg encerra sua aula de gore com uma “suruba canibal” dentro de uma piscina. Lindo de ver.

Scanners - sua Mente pode Destruir, 1981
(Scanners)

Nenhuma lista de Cronenberg pode ser completa sem Michael Ironside explodindo a cabeça de seu algoz (o insípido Stephen Lack) nos instantes finais de Scanners. Muitos gostam da primeira explosão, mas a batalha épica entre os Scanners é impagável. Uma ode a borracha queimada.


Os Filhos do Medo, 1979
(The Brood)

O parto. Faltam palavras para descrever. Quem viu, teve medo, nojo e pensou imediatamente em prestar ainda mais atenção no controle de natalidade. Imagina se fosse na água?

Mistérios e Paixões, 1991
(The Naked Lunch)

Um filme baseado nas loucura de Edgar Burroughs não poderia faltar na lista. A icônica máquina de escrever inseto é uma daquelas cenas em que a bizarrice encontra a genialidade e ambas saem de braços dados para fumar um cachimbo.



Um comentário:

  1. Seu blog está de parabéns. Cronenberg é um dos meus cineastas preferidos.

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