segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Substitutos
(Surrogates, 2009)
Ação/Sci Fi - 89 min.

Direção: Jonathan Mostow
Roteiro: Michael Ferris e John Brancato

Com: Bruce Willis, Radha Mitchell, Rosamund Pike, Ving Rhames e James Cromwell



Sci-fi bonitinho e ordinário esse estrelado por Bruce Willis. A idéia até parece promissora: numa sociedade que perdeu o contato com a realidade, Substitutos (andróides que tem sua função neural alinhada com seus proprietários) fazem às vezes dos humanos. Ninguém transite pelas ruas sem estar "usando" um desses brinquedinhos. Os poucos que discordam dessa idéia ficam alojados em guetos e liderados por um fanático (criativamente chamado O Profeta, vivido por Ving Rhames), e travam uma guerra fria com o restante da população.


Dentre os usuários dos Substitutos está Tom (o nosso já citado Willis) um policial que está em crise conjugal após um acidente tirar a vida de seu filho. Sua mulher Maggie (a bela Rosamund Pike, de 007 - Um Novo Dia para Morrer) traumatizada nem questiona a possibilidade de abdicar dos substitutos, enquanto Tom vive cada vez mais incomodado com o fato de ter se de ser "travestir" todos os dias.



Quando um figurão é "fritado" com um aparelho, cabe a Willis/Tom e sua parceira Peters (Radha Mitchell de Silent Hill) investigarem os envolvidos. Peters também é um substituto e não fica claro durante o filme (a exceção de uma cena curtíssima que não mostra nada na verdade) quem está por trás da bela loira.


A dupla passa a investigar os motivos que levaram a morte do tal figurão e ai o filme derrapa sério. Mistura mal feita de Eu, Robô (pela investigação cibernética) com toques de Matrix (gente conectada a outra realidade), com o recente e fajuto Repo Men o filme desfila ma coleção de clichês em pouco menos de uma hora e meia.



Jonathan Mostow (o mesmo do medíocre Exterminador 3) perde aqui uma excelente oportunidade de dar mais profundidade a seu filme, preferindo abordar uma investigação boba que aponta como culpado um personagem fraco e idiota (curiosamente outro que também estava em Eu, Robô) em vez de apresentar opções mais inteligentes, como discutir impacto de substituirmos o real pelo virtual, ou mesmo à crise do casal Willis/Pike muito mais interessante do que a hora e meia de bobagens explodindo pela tela.


Substitutos é um desperdício de uma boa história, mal conduzida e covarde.



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