segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011



Kate Winslet

Aos cinco anos estreou no palco no papel de Virgem Maria, aos 11 já estudava teatro, com 13 começou a dar as caras na TV, em seu primeiro papel já como profissional encarava cenas lésbicas com a naturalidade de uma veterana e antes de completar 31 já havia sido indicada ao Oscar cinco vezes. Essa menina prodígio é Kate Elizabeth Winslet. Atuar, para ela, sempre foi como uma segunda pele (afinal de contas, os pais eram atores e os avós gestores de teatro, o que só contribuiu para que a menina desinibisse ainda mais). Para aqueles que costumam se afastar dos cinemas quando a beleza de uma atriz é evidente demais e costumam achar que isso é sinônimo de falta de talento, vão se surpreender com Kate. No caso dela, beleza e talento andam de mãos dadas a serviço de uma carreira das mais inventivas.

Seu começo em Hollywood não poderia ser mais arrasador: aconteceu em 1994, na pele da nada inocente Juliet Marion Hulme de Almas Gêmeas, um dos primeiros filmes do então desconhecido diretor neozelandês Peter Jackson, onde a menina já deixava claro ao público quais eram suas intenções artísticas. No ano seguinte envereda pelo mundo literário - algo que faria bastante ao longo da carreira - da escritora Jane Austen como a passional Marianne Dashwood de Razão e Sensibilidade, belíssima adaptação da atriz Emma Thompson com direção do cineasta Ang Lee. Em 1996, convencida pelo ator/diretor Kenneth Branagh encara a Ofélia da belíssima versão feita por ele de Hamlet, porém só passaria a ser realmente reconhecida ao redor do mundo depois de viver a Rose Dewitt de Titanic, o arrasa-quarteirão dirigido por James Cameron em 1997.

Em Almas Gêmeas, filme que a "revelou" e mostrou que seu diretor (Peter Jackson) fazia mais do que filmes trash
Em Razão e Sensibilidade de Ang Lee
Passadas algumas produções de pouco destaque (seja de público ou crítica), volta a marcar presença em 2000, dessa vez como Madeleine, a confidente do escritor libertino, em Contos Proibidos do Marquês de Sade, belíssima produção de Phillip Kaufman. Outro papel de destaque em sua filmografia nessa época é o da jornalista Bitsy Bloom em A Vida de David Gale, drama investigativo de Alan Parker. Em 2004 uma nova retomada com o excepcional Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry, dessa vez como Clementine, interesse romântico do protagonista vivido pelo comediante Jim Carrey.


Após uma entressafra, em que participa de Em Busca da Terra do Nunca, cinebiografia do escritor e dramaturgo James M. Barrie, criador do personagem Peter Pan (e interpretado pelo ator Johnny Depp) e do musical sarcástico dirigido pelo ator John Turturro Romance e Cigarros, sua carreira volta à ascendente com o drama social Pecados Íntimos, de Todd Field, onde interpreta a esposa reprimida Sarah Pierce. Seus últimos trabalhos de destaque foram o drama de holocausto O Leitor, de Stephen Daldry (que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz) e o mais conservador Foi apenas um Sonho, dirigido pelo seu então marido Sam Mendes, onde reedita a parceria com Leonardo Dicaprio nos papeis principais.

Como Clementine em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"

No papel de Hanna Schmitz, que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz, por O Leitor

No incrível sucesso de público "Titanic"
Atualmente filma Contagion, filme-catástrofe sobre um vírus mortal, sob a direção de Steven Soderbergh, além de constar entre seus próximos projetos participação no elenco de God of Carnage, próximo longa a ser rodado por Roman Polanski, além de negociar um papel (conforme informação captada no site IMDB) para participar do filme Americana, a ser dirigido pelo cineasta brasileiro Paulo Morelli. Difícil precisar até onde um talento desses pode ir, principalmente quando nas mãos de um diretor de peito, mas o fato é que é fácil entender o fascínio que Kate exerce sobre o público: é bonita, inteligente, sabe conduzir sua carreira como poucas em sua geração, encara qualquer desafio e, diferentemente de uma série de artistas vazios que andam em voga atualmente, veio para ficar. E os fãs só têm a agradecer!



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