quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Anjos da Noite: O Despertar

Anjos da Noite: O Despertar
(Underworld: Awakening, 2012)
Ação/Fantasia - 88 min.

Direção: Mans Marlind e Björn Stein
Roteiro: Len Wiseman, John Hlavin, J. Michael Straczynski e Allison Burnett

Com: Kate Beckinsale, Stephen Rea, Michael Ealy, Theo James, India Eisley e Kris Holden-Ries

Confesso que não me lembro de ter visto Anjos da Noite 2 ou Anjos da Noite 3, por isso minha memória da série é apenas a do filme original, uma coleção de gente fazendo cara de mal, muito couro e látex e tiroteios sob a luz da lua e a chuva. Ou seja, nada demais, a não ser se o leitor tem alguma espécie de fetiche por algum dos elementos citados acima.

O quarto exemplar da série continua a "aprofundar" a ideia do conflito entre os lobos e os vampiros, dessa vez inserindo uma espécie de expurgo contra a espécie vampírica. Quando o filme começa, nossa heroína Selene (Kate Beckinsale) está tentando salvar seu amado das garras dos perseguidores humanos, quando se atiram no mar e após uma explosão violenta, acorda e se vê congelada em uma câmara criogênica (ou algo do tipo). Sendo ajudada por alguém (ela imagina que seja seu amado Michael) foge da instalação que a mantinha presa somente para descobrir que esteve dormindo por sete anos e que nesse período, sua espécie foi dizimada e que ela é uma das últimas vampiras ainda vivas.

O filme passa a acompanhar a jornada da personagem em busca de respostas sobre sua prisão, e principalmente, sobre o paradeiro de seu amado. Encontra no entanto, outra personagem: uma evolução genética que mistura de forma perfeita os genes vampíricos e lupinos, e que durante o filme ganha maior importância.


O filme de Mans Marlind e Bjorn Stein tem bom ritmo e não cansa, o que é uma coisa maravilhosa em um filme que tem uma história banal, que começa apontando caminhos diferentes para a série para, em um plot twist óbvio, manter o status quo da situação.

Anjos da Noite 4 é recheado de uma infinidade de cenas de ação. Nenhuma delas especialmente brilhante, mas todas competentes e que inflam a duração do filme. O bom uso do 3D deixa as sequencias ainda mais intensas, embora boa parte do uso desse recurso seja destinado ao batido - porém aqui , eficiente - efeito de "coisas voando pela tela". Por outro lado, o uso do 3D deixa o filme mais escuro do que o necessário. Isso talvez tenha sido aproveitado pela equipe de efeitos visuais, como forma de camuflar os pobres efeitos que mostram os muitos lobisomens presentes no filme. Você enxerga muito pouco dos lobos e quando enxerga-os interagindo sob o efeito de uma luz mais forte percebe a pouca qualidade dos animais/criaturas.

Os personagens continuam vazios e tem pouco a dizer, mas enfim, esse nunca foi o foco da história de Anjos da Noite. O filme se sustenta por efeitos especiais bacanas, sequencias de ação bem realizadas e a "mitologia" da série que mistura sanguessugas, lupinos, fetiche S&M e nerdismos sem fim. Isso é ruim? Não, se a brincadeira toda for bem realizada. Uma vez sendo bem realizada, torna-se uma diversão vazia e descompromissada que durante aquele breve período de tempo funciona como escapismo.


Dessa vez, Stephen Rea dá as caras na série e no automático vive o vilão da vez, ao lado de Kris Holden-Reid (da serie de tv Lost Girl) que por sua vez, é uma versão da série para o personagem de Tim Roth em O Incrível Hulk. Pelo lado dos heróis Kate Beckinsale continua mantendo o pique como a heroína da franquia, fazendo novas caras e bocas e convencendo como heroína de ação.

Anjos da Noite 4 (ou O Despertar se você quiser ser rigorosamente correto com o nome do filme) continua mais do mesmo. Ação, explosões e Kate Beckinsale de roupa apertada. E claro, com um gancho para uma sequencia.

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