Espelho, Espelho Meu
O novo filme de Tarsem Singh, segundo de sua parceria com a Relativity Media, investe bastante na natureza carismática do conto original e da simpatia de seus personagens. Vividas com leveza por Lily Collins e Julia Roberts, a Branca de Neve e a Rainha Má fortalecem ainda mais a inocência da leitura de Singh, que se apresenta como diversão para toda a família. Incluindo flertes com a ação fantasiosa (o treinamento dos anões, as lutas de espadas com o Príncipe), a prévia do longa empolga justamente por apostar no absurdo kitsch da obra original, como na passagem conscientemente estúpida em que o Príncipe aparece sob os efeitos da poção da Rainha. Ainda sendo preciso para a criação de um visual estonteante (a marca do cinema de Singh, afinal), Mirror, Mirror parece ser bem mais interessante que a releitura épica da Universal. Pelo menos aqui, os realizadores sabem explorar o ridículo do material original sem se levar a sério.
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