Em clima de "Saga" Crepúsculo (quelle merde), vou fugir dessa baboseira e falar de uma saga muito mais interessante, a saga do maior serial killer fictício de todos os tempos. Um personagem excêntrico, cruel, frio, porém com muita classe. Estou falando do psiquiatra canibal, Dr. Hannibal Lecter, grande estrela dos livros de Thomas Harris, que obviamente foram adaptados para o cinema, entre eles "Hannibal Rising", "Silêncio dos Inocentes", "Dragão Vermelho" e do próprio "Hannibal", que é a peça que será comentada aqui hoje.
Personagem criado pelo autor Thomas Harris, inspirado em um assassino do Mississipi chamado William Coyne, que além de matar comia a carne de suas vítimas. Dr Hannibal Lecter (imortalizado nos cinemas por Anthony Hopkins) é um homem muito inteligente e profundo conhecedor da parte mais degradante da mente humana. Devido a certos traumas na sua juventude, Hannibal acabou construindo um grande ódio pela humanidade em geral, devido o trauma que teve durante a guerra com 8 anos de idade ao ver sua irmã ser morta e servir de alimento para um soldado faminto.
Em "O Silêncio dos Inocentes", lançado em 1991, Hannibal é requisitado pela agente do FBI, Clarice Starling, para ajudar na captura do serial killer Buffalo Bill. A dedicada agente Clarice acaba criando um certo fascínio pela figura de Hannibal Lecter, que toca em pontos sensíveis na vida de Clarice que jamais foram tocados antes, praticamente como se encontrasse uma espécie de ponto G da sua mente. Hannibal era um verdadeiro expert nesse aspecto.
Na sequência Hannibal, de 2001, o filme gira em torno da interessante figura de Hannibal. Neste filme ele é a caça!
Após sua fuga da prisão onde despistou um forte esquema de segurança de maneira inacreditável, Hannibal foi morar na Europa, mais precisamente em Florença na Itália. Levava uma vida, supostamente pacata, onde se tornou um curador da grande biblioteca da cidade. Na Itália, sem ser reconhecido, acabou sendo admirado por muitos intelectuais pela sua grande inteligência, sua capacidade de decorar grandes poesias clássicas, especialmente o trabalho de Dante Alighiere.
Mas como nem tudo é um mar de rosas para o anti-herói Lecter, o inspetor italiano Rinaldo Pazzi surge em seu caminho durante uma das reuniões na biblioteca, no qual Pazzi acaba reconhecendo Lecter. Então ele começa a planejar uma maneira de capturar Hannibal para conseguir a milionária recompensa de 3 milhões de dólares. Mas a vida de Pazzi acaba sendo muito complicada pois ele está lidando com o maior gênio do crime.
Nessa história Clarice Starling enfrentando problemas com o FBI continua com sua busca e obsessão pela genialidade de Hannibal Lecter. Logo seus caminhos acabam se cruzando.
E paralelo a isso o filme ainda mostra uma relação que Hannibal teve com um milionário, pedófilo e sádico Mason Verger, que no passado foi obrigado a buscar ajuda psiquiátrica com Hannibal Lecter, porém acabou sendo mais uma de suas vítimas numa situação um tanto quanto bizarra. Hannibal aproveitou o sadismo de Mason e pediu para que ele demonstrasse sua auto asfixia enquanto se masturbava. Hannibal, aproveitando o momento de prazer de sua vítima acabou dopando Mason e pediu para que o mesmo mutilasse seu próprio rosto e depois desse de comida para seus cachorros....e foi o que Mason acabou fazendo. Anos depois, Mason é retratado de uma maneira totalmente deplorável, no qual ele se encontra numa cadeira de rodas e com o rosto completamente desfigurado. Incrível que ele conseguiu sobreviver ao terrível ataque de Hannibal.
Enfim, na minha opinião Hannibal é o filme mais interessante de todos inspirados nas histórias de Thomas Harris, obviamente pelo fato de girar em torno da mente esquisita de Hannibal Lecter. Mas também acho fascinante a classe e os diálogos que Hannibal tem com as pessoas ao seu redor. Nesse filme ele se destaca, principalmente nas cenas no qual ele cita Dante Alighiere para Rinaldo Pazzi e também quando ele fala sobre o ancestral de Rinaldo, no caso Francesco Pazzi, que morreu enforcado há muitos anos atrás. As cenas desse filme são provavelmente as mais grotescas da série o que faz com que o filme fique muito interessante e de certa forma perturbador.
Sim sim, tem esse pequeno detalhe que deixei para o final....não existe Hannibal Lecter sem Anthony Hopkins!
(Nota do Editor: o Fotograma também poderá ser lido no Cinema Total a partir de hoje. Lá, algumas resenhas antigas para aguçar quem não nos conhece no site, e em breve um material exclusivo para os que nos leem por aqui. Divulguem: www.cinematotal.com/fotograma )
O melhor do filme é justamente ver Hannibal em ação. Aqui, não o vemos dando conselhos tenebrosos a ninguém, o vemos agindo. E isso é o bastante para ter vontade de assistir ao filme.
ResponderExcluirIsso que é saga, hein?!?!?!
ResponderExcluirGosto muito de Silêncio dos Inocentes e do personagem como um todo.