Encontro Explosivo
(Knight & Day, 2010)
Comédia/Ação - 109 min.
Direção: James Mangold
Roteiro: Patrick O'Neill
Com: Tom Cruise, Cameron Diaz
O roteiro, escrito pelo estreante Patrick O'Neill, é interessante por ser uma comédia romântica que usa a ação para se desenvolver. Basicamente, é uma história da mulher entediada que conhece o homem da ação, agente secreto/policial/assassino. Logo, eles se apaixonam e, como toda comédia romântica, existe a separação no terceiro ato. Por isso, o maior trunfo do roteiro de O'Neill não seja a construção de personagens (arquetipíca e sem se levar á sério) ou as situações ali propostas (a maioria, mirabolantes ou testadas anteriormente), mas sim enxergar que o cinema de ação e o da comédia romântica são tão próximas que dá pra fazer um filme de ação amoroso ou uma comédia romântica com metralhadoras. Da mesma forma que Roy atira em todo mundo, salva o dia, salva a bateria, matas os bandidos, ele percorre um tiroteio inteiro, lentamente, apenas pra beijar June. É um típico filme feito pra agradar os casais e, se visto como uma sátira ao gênero da ação/espionagem (afinal, Cruise imita Bourne e Bond em várias cenas e até usa um chicote!), serve muito bem e se encaixa como uma boa diversão.
Então, Encontro Explosivo serviria basicamente como uma diversão pras mulheres e diversão para os homens. Visto a olho crítico, ele seria apenas um filme de ação comum. Porém, entra aí o fator James Mangold. O profílico diretor, de dramas oscarizados (Garota Interrompida) a comédias biográficas (Johnny e June), passando por faroeste (Os Indomáveis), conseguiu uma proeza: fez uma direção de ação explosiva como não se viu no ano. Abusando de planos sequências únicos, Mangold faz um Louis Letterier chorar de vergonha. Tirando belos takes da cidade de Sevilla, a vertiginosa sequência final é filmada com maestria, prezando pela plasticidade e dublês e não dos cortes rápidos e CGI.
Competente e uma das melhores do ano. Engatados na direção, os quesitos técnicos seguem junto. Edição competente, auxiliada pela fotografia boa de Phedon Papamichael. Demonstrando o clima descontraído do filme, a trilha dum John Powell na média faz seu papel bem - e nada mais. Nem parece o mesmo compositor do Bourne (olha as semelhanças com os clássicos da ação de novo).
Nas atuações, Cruise é o que arrebenta mesmo, com seu jeito assumidamente neurótico. Mas Cameron Diaz também dá conta do recado e faz bem seu papel na ação e é engraçada quando necessária.
Logo, Encontro Explosivo é um filme na média, bom, que fez o melhor que pôde com sua limitada capacidade. Serve como uma boa diversão e entretem muito bem, mas que tem problemas de roteiro, como a previsibilidade. Vale, principalmente, por Cruise se autoparodiando e demonstrando seu talento e pela direção fabulosa de Mangold. Se ele é apenas entretenimento e nada mais, pelo menos faz isso muito bem.
Tom Cruise é conhecido por fazer, na maioria das vezes, papéis rasos ou de heróis de ação. Nos primórdios da carreira (e, atualmente, de vez em quando), resolve fazer papéis mais cômicos ou até mesmo tirando sarro de si mesmo, como em Trovão Tropical. Mas sua persona é cada vez mais comentada no mundo fora do cinema, sendo por afirmações pouco felizes, sua crença na cientologia, seu casamento com Katie Holmes ou a pauta principal: o episódio Oprah. Porém, assim como Nicolas Cage, Tom Cruise pode ter seus arroubos de personalidade ou se meter em papéis ridículos ou secundários, mas quando acerta é uma ovação, algo simplesmente divertido.
Aqui, em Encontro Explosivo, definitivamente é um acerto. Cruise abandona certos caprichos e abandona de vez o lugar produtor-ator, que atingiu seu ápice em Missão Impossível 3. Como em Trovão Tropical, o ator se liberta e constrói um personagem interessante.
A trama segue o espião Roy Miller (Cruise), um agente traído que precisa limpar seu nome depois se ser acusado de roubar um artefato que é uma fonte ilimitada de energia. Durante um voo, apenas com agentes do FBI e Roy, uma mulher chamada June (Cameron Diaz) acaba entrando no voo e conhece Roy. A partir daí, uma vertiginosa perseguição é iniciada contra o casal, sempre que Fitzgerald(Peter Sargaasd) no encalço.Aqui, em Encontro Explosivo, definitivamente é um acerto. Cruise abandona certos caprichos e abandona de vez o lugar produtor-ator, que atingiu seu ápice em Missão Impossível 3. Como em Trovão Tropical, o ator se liberta e constrói um personagem interessante.
O roteiro, escrito pelo estreante Patrick O'Neill, é interessante por ser uma comédia romântica que usa a ação para se desenvolver. Basicamente, é uma história da mulher entediada que conhece o homem da ação, agente secreto/policial/assassino. Logo, eles se apaixonam e, como toda comédia romântica, existe a separação no terceiro ato. Por isso, o maior trunfo do roteiro de O'Neill não seja a construção de personagens (arquetipíca e sem se levar á sério) ou as situações ali propostas (a maioria, mirabolantes ou testadas anteriormente), mas sim enxergar que o cinema de ação e o da comédia romântica são tão próximas que dá pra fazer um filme de ação amoroso ou uma comédia romântica com metralhadoras. Da mesma forma que Roy atira em todo mundo, salva o dia, salva a bateria, matas os bandidos, ele percorre um tiroteio inteiro, lentamente, apenas pra beijar June. É um típico filme feito pra agradar os casais e, se visto como uma sátira ao gênero da ação/espionagem (afinal, Cruise imita Bourne e Bond em várias cenas e até usa um chicote!), serve muito bem e se encaixa como uma boa diversão.
Então, Encontro Explosivo serviria basicamente como uma diversão pras mulheres e diversão para os homens. Visto a olho crítico, ele seria apenas um filme de ação comum. Porém, entra aí o fator James Mangold. O profílico diretor, de dramas oscarizados (Garota Interrompida) a comédias biográficas (Johnny e June), passando por faroeste (Os Indomáveis), conseguiu uma proeza: fez uma direção de ação explosiva como não se viu no ano. Abusando de planos sequências únicos, Mangold faz um Louis Letterier chorar de vergonha. Tirando belos takes da cidade de Sevilla, a vertiginosa sequência final é filmada com maestria, prezando pela plasticidade e dublês e não dos cortes rápidos e CGI.
Competente e uma das melhores do ano. Engatados na direção, os quesitos técnicos seguem junto. Edição competente, auxiliada pela fotografia boa de Phedon Papamichael. Demonstrando o clima descontraído do filme, a trilha dum John Powell na média faz seu papel bem - e nada mais. Nem parece o mesmo compositor do Bourne (olha as semelhanças com os clássicos da ação de novo).
Nas atuações, Cruise é o que arrebenta mesmo, com seu jeito assumidamente neurótico. Mas Cameron Diaz também dá conta do recado e faz bem seu papel na ação e é engraçada quando necessária.
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