sexta-feira, 29 de abril de 2011

London Boulevard
(London Boulevard, 2010)
Thriller - 103 min.

Direção: William Monahan
Roteiro: William Monahan

Com: Colin Farrell, Keira Knightley, Ray Winstone, David Thewlis e Ben Chaplin



William Monahan é um escritor com grandes sucessos na carreira e London Boulevard marca sua estréia na cadeira de diretor. Monaghan "pariu" Cruzada, Rede de Mentiras, O Fim da Escuridão e recebeu o Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado pelo seu Os Infiltrados, filme de Martin Scorsese que adaptou Conflitos Internos para o paladar americano.


Esse London Boulevard (que ele também assina o roteiro e produz) é um exemplo correto do subgênero do filme de gangster, e conta a história de Mitchell, um homem recém saído da cadeia e que se envolve em um dilema moral e emocional: manter-se como mais um gangster assumindo os riscos da "profissão" ou deixar essa vida, com a oportunidade que uma estrela reclusa perseguida por paparazzis lhe oferece para trabalhar como uma espécie de segurança privado.


Colin Farrell - muito a vontade como bad-boy em um papel que tem muito do que o ator transparece fora das câmeras - interpreta Mitch, alguém que todos ao seu lado temem e respeitam. Keira Knightley, interpreta a estrela reclusa que serve como fada madrinha ao gangster. O filme conta com uma serie de atores interessantes e talentosos como coadjuvantes. David Thewlis vive um hippie doidão que serve como protetor para a personagem de Keira. Ben Chaplin, irreconhecível como um bandido de quinta e Ray Winstone interpretando com sua persona completam o elenco de ingleses notáveis no filme.


Apesar de ser recheado de momentos cool e belas imagens, London Boulevard é correto e nada mais. Você já viu essa história antes, e Monahan recicla clichês e entre tentativas e erros o saldo é mediano.



Acerta com seu elenco,mas erra no texto de alguns deles. A relação de Mitch e sua irmã Briona (a sexy Anna Friel) é mal conduzida e mal resolvida não causando o menor impacto emocional no personagem de Farrell. Mesmo Knightley varia sua interpretação em momentos delicados (na revelação na casa de campo, por exemplo) com outros de pieguice completa. Thewlis excêntrico em exagero só se torna um personagem interessante nos últimos minutos da projeção e apesar de ter um final "surpresa" e de mordaz ironia não convence no conjunto.


London Boulevard é um protótipo de tudo o que o cinema de gangster pretende ser: ágil como narrativa, com quilos de imagens ora engraçadas por sua bizarrice, ora absurdas pela própria situação, um vilão "malvado", um herói quase tão malvado, uma mocinha indefesa e coadjuvantes bem humorados (ou não). Uma pena que Monaghan quis misturar tudo em uma só história, que apesar de bons momentos aqui e ali, não é nunca inesquecível e obrigatório.

Um comentário:

  1. Olá Pessoal,

    Encontramos esse belo espaço e por isso resolvemos segui-lo pelo blogroll do nosso 'O Teatro Da Vida'.

    Abraços,

    Jonathan Pereira

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