segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Globo de Ouro: Análises, comentários e afins

(Obs 1: Antes de começar quero dizer que meus palpites estão no blog da Kamila o Cinéfila por Natureza, segue o link: http://cinefilapornatureza.wordpress.com/2010/01/16/previsoes-para-o-golden-globe-awards-2010/#comments ... acertei 12 palpites)



E ontem foram entregues os prêmios do Globo de Ouro, o mais bizarro e estranho de todos os prêmios do cinema mundial (talvez Gramado e suas homenagens a Xuxa rivalize).


A festa desse ano foi marcada pela consagração de um Midas (novamente) pela certeza de que os votantes estavam interessados em se manterem alinhados com o público e que Tarantino será ignorado pelo resto da vida assim como ironicamente. Scorsese o homenageado da noite, o foi até Os Infiltrados. Acho que Quentin deverá sim receber um dia um Oscar/Globo de Ouro de direção. Mas quando tiver 60 e muitos e por um filme menor, assim como Scorsese, que deveria ter pelo menos 3 (Taxi Driver, Touro Indomável .... esses quase unanimidades e Bons Companheiros).


A festa em si "começou" com toda aquela bobagem de entrevistas no tapete vermelho. Um dia, eu acho, que essas entrevistas devem ter sido interessantes, mas hoje só se discute quem fez seu vestido/smoking, quem fez suas jóias e. no caso de ser indicado, "o que acha da festa e como se sente sendo indicado", ou caso seja apresentador "qual a categoria, o que acha dela e blá blá blá. Os discursos/respostas são banais e em sua imensa maioria fúteis. Os entrevistadores também, em sua maioria não são interessantes.



Ví a premiação inteira pela TNT, embora o canal E! tenha feito a cobertura do tapete vermelho também. Dos vistos na TNT, quase ninguém se salvou. Marion Cotillard (líndissima), Chloe Sevigny (que viria a ganhar o Globo de atriz coadjuvante em série de TV) muito mal vestida, Taylor Lauttner (com discurso ensaiado de casa), Courtney Cox (cada dia mais bonita, e que tem como marido um dos atores mais ruins da terra), Colin Firth (dando pinta), Kate Hudson (que um dia ainda descobrem o quão limitada ela é), Harrison Ford (que parece que falar é um sacrifício enorme pra ele, parece aquele personagem do desenho da família Buscapé que só fala resmungando), Robert Downey Jr. (que sempre é um show a parte, muito ágil com as palavras), Sir Paul McCartney (que usava o maior guarda-chuva da terra), John Lithgow (que parece ter inspirado Seth McFarlane para compor a voz do personagem Stewie de Family Guy), Mickey Rourke (que parece sempre vindo de uma dimensão paralela), Mariah Carey (sóbria dessa vez), Sandra Bullock (mais comentário sobre no decorrer do texto) e a maior de todas Tina Fey (a mulher mais linda/inteligente/engraçada viva, musa pessoal desse que vos escreve).


O host desse ano foi o britânico Rick Gervais que em seu monólogo de abertura teve dois grandes momentos. Quando "cutucou" Steve Carrell, por seu remake de The Office (série britânica, criada por Gervais) e quando disse que o ano foi muito bom para os cirurgiões pásticos. Um discurso deverás ácido para os padrões de Globo de Ouro e honestamente sem graça.


(Obs 2: o Fotograma por se dedicar somente ao cinema, vai "pular" todas as premiações de tv, embora fique aqui o meu registro de que sim, apesar de amar Tina Fey, Glee é bastante interessante, Dexter teve uma temporada muito boa [LOST não estava lá ... porque?], Toni Collete é uma brilhante atriz, Lithgow e C.Hall comprovaram o bom ano de Dexter, Juliana Margouiles foi a surpresa desbancando Glenn Close, Grey Gardens é mesmo consagrada, Kevin Bacon apesar de canastrão levou o seu, Drew Barrymore fez o discurso mais verdadeiramente emocionado e "cute" do prêmio, Alec Baldwin achou mesmo seu nicho, Mad Men continua sendo a série "cool" embora pouca gente veja e goste, Sevigny [pra mim meio alta] foi surpreendente embora já tenha seu talento reconhecido a mais tempo... em geral gostei mais da premiação de tv do que de cinema).


(Obs 3: Gabriel Papaléo, colaborador/redator do blog também viu o prêmio e me mandou suas impressões que foram redigidas in loco)



Nicole Kidman, cada dia mais magra, entregou o primeiro prêmio da noite: Melhor Atriz Coadjuvante. Apesar da distante e quase inespressiva concorrência de Penelope Cruz e Julianne Moore, ainda existia a possibilidade de o "hype" criado sobre Up in the Air alavancar Vera Farmiga ou Anna Kendrick. Ganhou Mo'Nique por seu trabalho desafiador em Precious. Pra quem não sabe Mo'Nique é uma atriz cômica, que "nasceu" nos stand-ups americanos e vê-la como uma mãe quase sádica é sensacional. Seu discurso embora emocionante, me pareceu, deverás ensaiado e não me atingiu de forma verdadeira.
Alexandre


Nicole Kidman entregou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Mo’Nique, pelo seu intenso papel em Precious. Iremos conferir esse filme nos cinema dia 29 de janeiro.
O discurso de Mo’Nique foi bem intenso. Depois de agradecer a Deus e seu marido, ela demonstra gratidão ao diretor Lee Daniels, o diretor de Precious, que trata de temas como preconceito desde sempre e, principalmente, desde 2001, quando produziu A Última Ceia. E Precious mais parece o Ultima Ceia de Daniels. Aqui, acredito que o prêmio foi justíssimo.
Gabriel


Sir Paul McCartney, sem guarda-chuva dessa vez, subiu ao palco para apresentar o prêmio de melhor animação de 2009. Esse ano a categoria apresentava fortes candidatos. A engraçada animação Tá Chovendo Hamburguer, os cults Coraline e O Fantástico Sr. Raposo, a volta da Disney ao 2d com A Princesa e o Sapo e mais um Pixar Up. E foi esse último, o vencedor. Mais uma barbada, embora o nível de competição desse ano tenha sido o mais alto da história da categoria. Outro ponto de destaque é que dentre os indicados a inclusão de dois filmes mais adultos reforça a sensação de que as pessoas começam a ver a animação com outros olhos. Outro destaque foi Sir Paul McCartney dizendo "os indicados pelos adultos que tomam drogas são". Sensacional !
Alexandre


Paul McCartney apresenta o troféu de Melhor Animação. Falando um pouco mais que o normal e soltando a melhor piada até agora: “Os indicados pelos adultos que tomam drogas são” Gênio.Torço para Up. E Vai para Up, o 3º melhor filme do ano passado. Mais do que merecido, Up emociona por sua genialidade dramática. Pete Doctor fez o discurso mais bonito da noite. “Vocês são minha maior aventura”. Gênio. O prêmio só aumenta o quão perfeito é Up, já que os outros indicados são simplesmente soberbos.
Gabriel

Felicity Huffman (de Desperate Housewives e Transamerica) entra no palco com duas missões: falar sobre a tragédia do Haiti incentivando as pessoas a contribuirem e a apresentar o presidente da Associação de Imprensa estrangeira. Felicity conseguiu a proesa de errar 3 vezes a leitura de TP (teleprompter, que é aquela máquina que o camarada lê em jornais/programas de tv para não errar, perder ritmo ou falar bobagens no ar). Depois saiu-se com a auto-ironia dizendo que "não vão me chamar pra fazer isso de novo".
Alexandre


Kate Hudson, maravilhosa como sempre(e com texto mal decorado), apresenta o vídeo de Nine. Interessante, mas parece muito um estereótipo dos italianos. Enfim, vale esperar. Na TNT, o Rubens Ewald deu uma de tarado, mas OK.
Gabriel


Cher e Christina Aguilera, duas mulheres que focaram suas carreiras em chocar a sociedade careta americana, foram as responsáveis por entregar o prêmio de melhor canção. "Cinema Italiano" do musical Nine, "I See You" de Avatar, "I Want to Come Home" de Everybody's Fine, "The Weary Kin" de Crazy Heart e "Winter" de Brothers. A excessão das intragáveis Cinema Italiano, que parece uma sobre de estúdio de Chicago e de I See You, que faz a música de Titanic parecer Beethoven, todas as outras três~eram bastante boas. Levou The Weary Kind, que era a favorita, muito em função da elogiada atuação de Jeff Bridges.
Alexandre

Cher e Christina Aguilera apresentam Melhor Canção Original. E vai para... CRAZY HEART!!!!! Mandou bem o Globo, a música é bonita e melhor que as outras apresentadas, todas bem normais. O menor e mais idiota discurso da noite. Relembrou a falta de seriedade da premiação. Mas, sobre a música, ta ótimo, as outras eram bem fracas.
Gabriel

Ainda com Cher e Aguilera no palco, é a vez da premiação de melhor trilha musical. Michael Giacchino por Up, James Horner por Avatar, Marvin Hamlisch por The Informant, Abel Korzeniowski por A Single Man e Karen O. por Where the Wild Things Are. Levou Michael Giacchino o que de certa forma é supreendente em função de toda a propaganda em cima de qualquer coisa que envolva Avatar. Minha trilha favorita é a de Karen O. porém por toda a carreira de Giacchino e seu especial trabalho em LOST é merecido.
Alexandre
 
Cher e Christina voltam para Melhor Trilha Sonora. Tomara que Up ganhe, Michael Giachinno é gênio. E vai para Michael, mais do que merecido. Up emociona mais ainda pela belíssima trilha. Se Karen O. ganhasse, não ficaria triste, mas Michael mereceu. Discurso curto e direto, muito bonito e emocionado. Deviam isso pro grande compositor tem muito tempo.
Gabriel
 

É a vez de Colin Farrell aparecer para entregar o Globo de Melhor Atriz em Comédia/Musical. Sandra Bullock por The Proposal, Marion Cotillard por Nine, Julia Roberts por Duplicity, Meryl Streep por It's Complicated e Meryl Streep por Julie & Julia. Meryl vence com méritos e por ter como sua principal rival na categoria ... ela mesmo. é inaceitável que Sandra Bullock em um filme medonho como A Proposta seja sequer lembrada. A derrota das atrizes de Nine, expõe o eventual fracasso do filme, que parece um Chicago requentado... e o que Julia Roberts fazia ali ?
Alexandre
 
Colin Farrell, conhecido como o cara que ferrou o Miami Vice e arrebentou em Na Mira do Chefe, apresenta a Melhor Atriz de Comédia/Drama. Merryl Deve ganhar. E, pra variar, ganhou por Julie & Julia. Está ótimo, a atriz merece muito. Seu discurso foi enérgico e descontraído. Ela agradece a Stanley Tucci e Nora Ephron(a diretora). Ela completa dizendo que fez o papel de várias mulheres incríveis e que ela fica feliz em interpretar Julia Child, uma das mulheres mais queridas no USA.
Gabriel
 
Helen Mirren agora fala sobre filmes importantes e tristes. Fala sobre o da vez, Precious. Mirren diz que foi uma honra trabalhar com Daniels, mas é mentira pois Shadowboxer é um filme ridículo. Enfim, passam trechos de Precious no telão. Promessa de denso drama “de Oscar”, mas com qualidade. Resta saber se Daniels fez um bom trabalho, apesar de sua limitação.
Gabriel
 
Cameron Diaz fala sobre Simplesmente Complicado, o novo da Nancy Meyers. Trechos do filme passam na tela e Meryl está incrivelmente linda. O filme deve satisfazer as mulheres que querem uma leve comédia-romântica, o terreno conhecido da escritora-diretora.
Gabriel
 

Gerard Butler  uma estranhíssima Jennifer Aniston surgem na festa para apresentar uma categoria que poderia indicar muita coisa sobre os prêmios squguintes, melhor roteiro. Diferente do Oscar a categoria não divide-se entre roteiro adaptado e roteiro original, o que não indica possíveis lembranças para o prêmio da academia. Os indicados eram: Neil Blomkamp e Terri Tatchell por District 9, Mark Boal por Hurt Locker, Nancy Meyers por It's Complicated, Jason Reitman e Sheldon Turner por Up in the Air e Quentin Tarantino por Inglorious Basterds. Venceu Reitman, o que indica que o filme de Tarantino que era o mais cotado pode não ter sido bem interpretado (teve gente que não entendeu sua sátira), ou que Reitman é o novo queridinho. Reitman fez três filmes (com esse), Obrigado por Fumar e Juno são cults, embora o segundo tenha tido êxito enorme em termos de bilheteria. Reitman deve levar o Oscar na categoria também (roteiro adaptado), o que pode abrir a chance novamente para Tarantino em roteiro original. É esperar pra ver.
Alexandre
 
E surge Jennifer Aniston e o Leônidas/Kable, estrelas de The Bounty Hunter. Eles apresentam Melhor Roteiro. Não acredito que Distrito 9 foi indicado, mas... E Tarantino, hiper galante, irá ganhar se Deus quiser. E... Jason Reitman ganha. Não é dessa vez que o moleque do Tenessee irá ganhar. O discurso de Jason é preciso: “Quentin, ainda espero que digam seu nome”. Boa Jason! Jason ainda ressalta a ajuda de sua família, falando que não poderia ter escrito sobre mulheres sem a ajuda de sua esposa. Bonito discurso e uma vitória merecida, porém injusta. Parabéns Jason. Fica agora nossa espera por Up in the Air, o comentado filme de Reitman. Com George Clooney, conhecido por escolher a dedo seus projetos.
Gabriel


Agora, o supercool Samuel “Fucking snakes” L. Jackson apresenta Bastardos Inglórios. Tarantino já perdeu de roteiro, se perder de melhor filme eu mato alguém =). O clipe é simplesmente perfeito, merece. Samuel ainda faz uma das frases mais cool da noite: “Basterds is the feel-good-movie of the year”. Agora, ele passa a bola pra diva Sophia Loren, de Nine...
Gabriel



Sophia deslumbrante mesmo, incrível como ela consegue se manter classuda mesmo depois de anos e anos de cinema. Ela vem apresentar o prêmio de Filme Estrangeiro, o que se espera no Globo de Ouro, sempre o melhor... já que os membros todos são não americanos. Os indicados do ano foram: Baaria de Giuseppe Tornatore da itália, Los Abrazos Rotos de Pedro Almodóvar da Espanha, La Nana de Sebástian Silva da Espanha, Un Prophète de Jacques Audiard da França e Das Weisse Band de Michael Haneke da Alemanha. Levou com justiça o excelente trabalho de Michael Haneke, premiado em Cannes em 2009. Trabalho sério, poderoso, crítico e inteligente. Baaria de Tornatore também poderia levar, caso Haneke não tivesse no pário. Preciso observar que na péssima transmissão brasileira o pseudo-crítico Rubens Ewald Filho aproveitou a chance para destilar toda sua falta de educação e de capacidade de análise ao dizer entre outras abobrinhas que o filme é "para intelectuais que acham tudo inteligente ... ou algo assim". O problema nesse caso não é do filme, mas da "figura" que avalia. Esqueçam a bobagem dita e vejam o filme.
Alexandre


Sophia Loren, por ser italiana (imagino eu), apresenta melhor filme Estrangeiro.Quem deve ganhar é White Ribbon, do fantástico Haneke. E vai para... The White Ribbon. Finalmente esse gênio foi reconhecido. E o Rubens Ewald Filho falando merda, como sempre, diz que o filme é “frio e o público não entende nada”. Imagino que para ele o filme que o público se identifique com personagens e tudo seja mastigado seja o bom então... Haneke começa falando, com seu “limitado inglês”, sobre sua família e elenco, agradecendo a todos. Mais um reconhecimento ótimo, já que Haneke é um dos cineastas mais corajosos do circuito atual.
Gabriel


E agora Taylor Lautner, o Shark-Boy, fala de 500 Dias com Ela, o fantástico romance de Marc Webb. As cenas são ótimas também e equilibram bem o romance e comédia do filme. Torço pra ganhar de melhor Filme Comédia/Musical.
Gabriel



Após uma piada infâme de Gervais (que foi piorando durante a noite) Halle Berry entrou para anunciar o vencedor de melhor ator coadjuvante. Os indicados eram: Matt Damon por Invictus, Woody Harrelson por The Messenger, Christopher Plummer por The Last Station, Stanley Tucci por It's Complicated e Christoph Waltz por Inglorious Basterds. Essa era barbada a meses. A construção maravilhosa de Waltz para o seu Hans Landa já entrou pra história do cinema. Embora os demais concorrentes fossem igualmente fortes, Waltz trancendeu e entregou um dos melhores trabalhos de atuação do ano.
Alexandre


Halle Berry apresenta o Melhor Ator Coadjuvante. E a torcida fica pro melhor vilão da década, Hans Landa, o Christopher Waltz. E vai para... Waltz! Ele exalta a genialidade de Tarantino e agradece sobre um pouco de tudo. Um prêmio esperado e mais que merecido, afinal, Waltz ganhou o prêmio logo que entrou no set. Era barbada, mas foi fantástico. Que Bastardos ganhe mais prêmios.
Gabriel



A premiação seguiu com a entrega do prêmio Cecil B. DeMille para Martin Scorsese pelo "conjunto da obra" digamos assim. Descrever a importância de Scorsese é falar sobre os últimos 40 anos do cinema americano. O diretor italo-americano que começou sua carreira contando suas próprias histórias, tiradas de sua vizinhança, hoje é uma espécie de Último dos Moicanos de toda uma geração que se matou (fisica e artisticamente) por seus próprios egos. Muito legal, e até óbvio que o prêmio tenha sido entregue por "seus dois maridos" DeNiro e DiCaprio, e excelentes o reconhecimento ao mestre Scorsese e a bela edição de trechos de seus filmes.  A única observação negativa, vai novamente para o sr. Rubens Ewald Filho, que perde uma grande oportunidade de falar sobre o diretor para mostrar ao "mundo" como ele conhece os filmes, num exercício idiota de: "Kundun, Touro Indomável, Jessica Lange, Kundun". Fico pensando ... para que ? Custava ter informado a importância do Scorsese, ter dito, por exemplo, que DeNiro foi um dos que o ajudou a sair do fundo do poço no fim da década de 70 e quase o forçou a dirigir Touro Indomável ? Mas para que, se o importante para esse cidadão é mostrar que é melhor que o planeta. Lamentável.
Alexandre

Robert de Niro e Leonardo diCaprio apresentam o Cecil B. deMille. O premiado é Martin Scorcese, o diretor mais honesto e apaixonado da década de 70. Mais que merecido. Robert começa o discurso bem humorado, dizendo que fez muitos filmes com ele e eles são como casados: “Começam bem, mas agora nem dormem mais juntos”. Então, ele fala que não queria estar em outro lugar senão ali, dando esse prêmio pra seu amigo. Leonardo fala sobre Marty como seu mentor e um artista único. Marty está visivelmente emocionado. Agora, passa um vídeo sobre os filmes de Scorcese. Muito bonito, o vídeo mostra de A Última Tentação de Cristo até Táxi Driver. Edição acelerada mostra todos os filmaços de Scorcese, ou seja, TODOS dele. E, no final, um teaser de Shutter Island, seu próximo filme.
Gabriel


Agora, a poderosa Jodie Foster fala sobre The Hurt Locker. Ela fala que é um filme ótimo de tensão, bem roteirizado pro Mark Boal e dirigido pro Kathryn Bigelow. Muito boas cenas são mostradas, todas dos 10 primeiros minutos. Bigelow também merece ser conhecida na categoria Melhor Diretor, mas ainda penso que o Cameron vai levar essa. O curioso é que se Bigelow ganhar, Cameron vai perder pra ex-mulher. Cool.
Gabriel



Após uma nova piada infame e cada vez mais sem graça, Mel Gibson, o bad-ass que amamos entra no palco para apresentar o prêmio de melhor diretor. Os indicados eram: Clint Eastwood por Invictus, Kathryn Bigelow por Hurt Locker, Jason Reitman por Up in the Air, Quentin Tarantino por Inglorious Basterds e James Cameron por Avatar. Cameron levou pela síndrome de Peter Jackson. O cara criou um mundo, desenvolveu tudo, teve culhão em se arriscar com um projeto que poderia ser uma bomba e foi recompensado. O cara realmente sabe o que faz com uma câmera, sabe como poucos dirigir sequencias de ação. Tarantino é um diretor muito mais completo, Eastwood é um semi-deus, Reitman é o queridinho (com justiça da critica) e Bigelow era a justa favorita. Mas o toque de Midas do "Rei do Mundo" prevaleceu.
Alexandre


O supercool bad ass Mel Gibson chega para apresentar a categoria Melhor Direção. E será que James Cameron verá a ex tomar seu Globo? Ou Tarantino será finalmente reconhecido? E vai para... James Cameron. Sim, esse diretor limitado, que sabe dirigir ação como ninguém, ganhou. Eu sou mais a ex-mulher dele, dirige melhor. E Tarantino, fica pra próxima. James não merecia, mas fazer o que. O discurso de Cameron é bonito, ele fala sobre sua ex-mulher, que merecia também. Um discurso legal, mostrando que Cameron é um cara educado, uma boa pessoa. Esperaremos agora seu filme novo, pra ganhar outro Globo.
Gabriel


Trio de Se Beber não Case! e Mike Tyson apresentam melhor filme de Comédia/Musical. A torcida fica pra 500 Dias com Ela, mas se o Se Beber ganhar, será fantástico.
Gabriel



Reese Whiterspoon, outra atriz mediana, é a responsável pela entrega do prêmio de melhor filme comédia ou musical. Os indicados eram: The Hangover, (500) Days of Summer, It's Complicated, Julie & Julia e Nine. Venceu a que rendeu mais (muito mais) The Hangover, que apesar de muitíssimo engraçada não é um décimo do que 500 Dias é. Outra certeza é que Nine foi ignorado o que parece que as pessoas acordaram e perceberam que Rob Marshall é um enganador. Julie & Julia e It's Complicated estavam na lista pelo "lobby" causado pelo efeito Meryl Streep. 500 Dias perde força (talvez) para uma possível indicação ao Oscar de filme, mas algo me diz que deve levar o de roteiro original (e de novo Tarantino saíra sem nada).
Alexandre


Agora, surge Reese Witherspoon pra apresentar o prêmio. E vai para... Se Beber não Case. Uma pena para 500 Dias, mas está em ótimas mãos, o filme é excelente e de um humor muito inteligente. Recomendação Máxima! O diretor Todd Phillips agradece a família por ter apostado nele, a Warner Bros. que financiou e ao elenco, que fez o filme ser ótimo.
Gabriel


Arnold Scwarzanegger apresenta Avatar. A cena é forte, bonita, mas ele dizer que a trama é fantástica aí fica difícil né. No trecho, Zoe Saldana surpreende por sua incrível atuação. Uma pena ela não estar em Melhor Atriz. Depois de algumas piadas, Scwarza sai bem do palco.
Gabriel



E Mickey Rourke, cada vez mais estranho apesar de gostar dele, vem para entregar o que para mim foi o crime do Globo de Ouro. O prêmio de melhor atriz. As indicadas eram: Sandra Bullock por The Blind Side, Emily Blunt por The Young Victoria, Helen Mirren por The Last Station, Carey Mulligan por An Education e Gabire Sadibe por Precious. Levei um susto, e até agora torço para que Rourke tenha se engasgado e errado a vencedora, quando Sandra Bullock foi eleita a vencedora. Além de ser uma atriz bastante limitada, seu papel já foi feito n vezes e de forma muito mais interessante. A atuação de Gabire num papel muito mais complexo é muito melhor, e mesmo Carey Mulligan se sai melhor. No meu palpite no blog da Kamila (o link está no começo do post) eu apostava em Carey e dizia que Bullock poderia levar se sofresse da "Sindrome do Selo de Qualidade", que levou por exemplo Julia Roberts a vencer o Oscar por Erin Brockovich. Os acometidos por essa sindrome tendem a ser aclamados pela crítica pelo simples fato de levarem milhões para os cinemas todo o ano. É como se os votantes quisessem dizer: "Ei, nós também achamos ela sensacional", ou num tom mais ácido "Vocês não são burros por encherem os cofres dos estúdios que investem nela". Pra mim, ela vai vencer o Oscar, desbancando Meryl Streep, para tristeza de quem gosta de bom cinema.
Alexandre


Mickey Rourke chega pra Melhor Atriz de Drama. Ele, rapidamente, chega para as indicações. Vestido como cafetão, como sempre, Rourke está cool. Aposto em Precious. E vai para... Sandra Bullock? Hã? A atriz limitada de filmes bobos é glorificada pelo seu filme The Blind Side, drama PG-13 que ganhou 10 vezes seu orçamento só nos USA. Ela faz um discurso... bobo. Ela fala sobre futilidades e agradece á família. Enfim, não merecia, mas ta bom. Faz com que o espírito meio vagabundo do Globo seja mantido. Mais uma vez, o público foi agraciado pelo prêmio, que parece prezar mais pelo público que pela crítica. Lastimável.
Gabriel



Sally Hawkins chega para apresentar o prêmio de melhor ator em comédia/musical. Os indicados eram: Robert Downey Jr. por Sherlock Holmes, Matt Damon por The Informant, Daniel Day Lewis por Nine, Joseph Gordron Levitt por (500) Days of Summer e Michael Stuhlbar por A Serious Man. Robert Downey Jr. levou de forma muito inesperada. Quando sua indicação saiu, foi considerada até certo ponto "imbecil". O filme de Ritchie não é nada demais, mas Downey Jr. sempre é convincente. Não sei, talvez pela falta de nomes mais fortes (Day Lewis assim como Nine foram sumariamente ignorados por todos) Downey deva ter levado por sua persona. Por ser um cara cool, que tenha se tornado um ator genial, mas que precisa de um novo Chaplin, para não ver ligado apenas a sucessos de verão.
Alexandre


Sally Hawkins, fantástica, chega pra indicar Melhor Ator de Comédia/Musical. Só fera no páreo, torço pro Joseph Gordon-Levitt, mas Daniel Day-Lewis ganha. E vai para... Robert Downey Jr.!!!! Surpresa!!! Eu não acredito, mas ótimo. Não pelo papel, mas porque o cara é cool. Excelente discurso, cínico e impagável. Ele diz que não agradecerá a Warner porque eles precisam dele pra viver. E não quer agradecer á mulher, mas agradece a Guy Ritchie e Arthur Conan Doyle, um Gênio pra ele. Maravilha, não foi o melhor, mas foi bem maneiro. Justo, afinal Robert Downey é um dos atores mais completos na atualidade.
                                                                                                   Gabriel



Kate Winslet, uma das dez mulheres mais sexys vivas (Tina Fey é a número 0, porque está em outro nível), foi a digna responsável pela entrega do Globo de melhor ator em drama. Os indicados eram: Jeff Bridges por Crazy Heart, George Clooney por Up in the Air, Colin Firth por A Single Man, Morgan Freeman por Invictus e Tobey Maguire por Brothers. O favorito Bridges levou, e foi aplaudido de pé, o que mostra o respeito e talento reconhecidos pelos presentes. Tinha a sombra de Clooney e Firth, mas sua atuação foi extremamente elogiada e premiada.
Alexandre


E Kate Winslet maravilhosa chega pra apresentar Melhor ator de Drama. Só fera também, mas acho que ta claro que vai pro Jeff Bridges. E vai para... Jeff Bridges, como eu esperava. Ele é um ator excelente e mereceu, sua atuação está sendo glorificada demais em USA. Crazy Heart estréia dia 29 aqui. Jeff Bridges fala de sua mulher, de seus projetos anteriores e agradece a seu pai, que gosta tanto do showbiz que incentivou todos seus filhos a irem pra esse mundo. Por fim, ele agradece a Fox Searchlight, a distribuidora do filme. Vitória merecida. O filme parece meio O Lutador da música country, mas OK, a atuação de Bridges foi poderosa.
Gabriel



O último prêmio para consagrar a noite em que as estrelas venceram os artistas, teve como host Julia Roberts (mais uma que se encaixa nessa categoria). Ela apresentou o prêmio de melhor filme drama. Os indicados eram: Avatar, Hurt Locker, Inglorious Basterds, Precious e Up in the Air. Avatar levou (como todo mundo sabe) e apesar de ter gostado do filme como uma bela aventura escapista não consigo considerá-lo como o melhor do ano. Não consigo entender como uma história (por mais básica,primária, óbvia e etc) tão batida possa ter levado um prêmio de pessoas que são pagas para avaliar algo mais do que o deslumbramento. Numa premiação que preferiu apostar as fichas nas estrelas do que nos bons trabalhos, nada mais justo do que Avatar (a maior bilheteria da história, o que é meio irreal se formos comparar com filmes mais antigos que tinham cotação financeira menor ou ao fato de que Avatar ganha mais ainda graças as salas 3d que são mais caras que as normais) fechar a noite consagrando-se como o "filme do ano".
Alexandre


Agora, vamos terminar o Globo de Ouro. Julia Roberts chega pra apresentar o Prêmio de Melhor Filme de Drama. Julia fala sobre todos os filmes de novo. E vai para... Avatar. O Globo de Ouro não merece ser levado á sério mesmo. O prêmio claramente agraciou o bom filme por causa do público, que vai fazer desse a maior bilheteria da História. Agora, Jon Landau, the producer, fala como é bom o filme, como é bom ganhar dinhei... digo prêmios e agora James Cameron fala. Diz que cria entretenimento para público mundial. Ele diz que o cinema é fascinante pois pode se ir pra outro planeta pra sentir o que acontece aqui. Outro bom discurso, mostrando que Cameron é um cara competente e bem educado. Uma pena ele ter ganho, mas dos diretores limitados em ação, ele é o melhor, SEM DÚVIDA. E ele sai, e Ricky Gervais toma o palco e solta sua última piada.
Gabriel


Como balanço é preciso re-afirmar que o Globo é um prêmio que não se pode (e acho que nem pede) se levar a sério. Mais e o Oscar, pode ?

Nos vemos nos SAG (que também vamos fazer alguma coisa parecida) na semana que vem, em que temos certeza que Avatar não vai ganhar (rs).














8 comentários:

  1. "Avatar" está sofrendo do mal que Dança com lovos sofreu: vai ser eternamente culpado por "Os Bons Companheiros" ter perdido o Oscar.
    Deixem de ser carrancudos pessoal, curtam mais cinema e analisem de menos pra não acabar esquecendo a diversão.
    "Avatar" ganhou o que "Guerra nas Estrelas" devia ter ganho em 77, o que "Caçadores da Arca Perdida" devia ter ganho em 81, o que "ET" devia ter ganho em 1982. Na época, muita gente falou de como a história de "Caçadores..." era fraca, sem substância nenhuma, só uma correria sem sentido feita de forma magistral, e como "Carruagens de Fogo" era um filme mais sério, adulto e com um roteiro superior (idem para "Laços de Ternura" em relação a "ET")
    Eu lembro disso, tinha uns 7 anos na época, mas aquilo me marcou pela forma como meu irmão falava sobre isso. Passados quase 30 anos, o que a história do cinema reserva a esses "blockbusters" de correria muito bem feitos, mas sem conteúdo?
    Esses 3 filmes são exemplos de injustiças que o cinema cometeu, que hoje muitos lamentam e não tem como reparar. O tempo fez bem a esses "blockbusters de história simples e clichê" (ok, ET não é clichê ).
    "Avatar" é uma página da história e vocês precisam ampliar os horizontes da "história rasa" que tanto defendem pra lamentar os pecados contra o Tarantino.
    Minha torcida é toda para a fantasia do Cameron que me fez sentir nostalgia dos bons tempos da magia no cinema, que é cada vez mais difícil de ser surgir.

    Grande abraço

    PS: Louco pra ver "Crazy Hearts"

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  2. Grande Fábio, eu só não consigo gostar tanto assim do filme do Cameron. Reconheço todos os méritos que você citou, mas numa eleição eu voto no Bastardos. Sem tirar os méritos da magia do Cameron que me conquistou mas que não consigo ver como melhor do que o trabalho de Tarantino. Na minha lista de indicados Avatar não entraria, muito pela qualidade dos filmes que vi em 2009, e menos por seus deméritos.

    Obs: Eu gosto de Dança com Lobos e de Bons Companheiros rsrs , mas também daria o Oscar para Dança nesse caso. Bons Companheiros levaria o de diretor, que no meu mundo colorido, seria o terceiro do Scorsese.

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  3. Então, de todos os filmes indicados, acredito que eu tenha visto dois deles: A Proposta, do qual gostei, e Sherlock Holmes.

    Eu devo admitir que não acho9 Sandra Bullock uma grande atriz, mas é fato que tenho por ela simpatia e não veria grandes problemas caso ela ganhasse um Globo de Ouro - o que acabou acontecendo.

    Foi lindo ver Meryl Streep sendo indicada duas vezes, concorrendo consigo mesma. Melhor ainda foi vê-la subindo no palco e agradecendo. Por falar em agradecimento, Mo'Nique certamente decorou o seu discurso, uma vez que ele me parece totalmente teatral.

    Estive pensando... Sandra Bullock dividiu com Meryl Streep o prêmio de Melhor Atriz do Critic's Award. Agora ganhou o Golden Globe de Melhor Atriz Dramática. Acredito que sua indicação ao Oscar seja quase certa, bem como a de Meryl Streep. E penso ainda que ela ganhou muitas chances de realmente ganhar o prêmio!

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  4. Não concordei com nada dito sobre a Sandra Bullock, ela mereceu o Globo de Ouro, da mesma forma que o Critic's e o People's! A Atriz pode não cativa-los, mas ora se ela levou tantos prêmios reconhecidos é porque fez por merecer!

    Se fosse assim as outras vitórias: Meryl, James Cameron, Mó'Nique também não foram merecidas!!!

    Se ela ganhasse o Oscar ficaria muito feliz, torço por isso. Mas a Acadêmia adora a Meryl...

    Vamos aguardar!!!

    Abraço

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  5. O Globo de Ouro desse ano foi uma piada. Dar de melhor diretor pro Cameron, tendo Bigelow e Tarantino com direções muito mais talentosas,é no mínimo um equívoco. E de melhor filme nem é preciso dizer nada, só que metade do Bastardos já dá uma surra no Avatar.

    Grande Abraço =)

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  6. Ricardo: o filme em questão da Sandra (que eu tive a oportunidade de ver) não é nada demais mesmo. É mais uma história de superação, tirada de um livro de auto-ajuda e focada no self-made mans que os americanos tanto adoram. Você com certeza já viu esse filme antes, e ela continua com os mesmos tiques e vícios. Prêmios nos Estados Unidos indicam vitórias da indústria e não de grande filmes. Discordei quanto a vitória do Cameron (pra mim o Tarantino ou a Bigelow deveriam levar), Meryl Streep por outro lado , é uma excelente atriz e por ser tão acima da média, "na falta de coisa melhor" sempre é lembrada. Mo'Nique foi elogiada por todo mundo que viu o filme (diferente de Sandra e de Avatar) e era barbada a meses. Quanto a Sandra ter vencido o People's Choice ... é um prêmio de público, ou seja, vence quem é mais popular. E sobre o Critics indica que ela vai ser indicada e vai levar, já que dúvido que nos SAG's (que é o premio do sindicato) ela deva levar. Continuo achando que ela não tem nada demais rsrs

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  7. Quando disse vai levar, me referi ao Oscar, que pra mim já é dela rsrs

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