XXY
(XXY, 2007)Drama - 86 min.
Direção: Lucía Puenzo
Roteiro: Lucía Puenzo
Com: Inés Efron, Ricardo Darín, Valeria Bertucelli, Germán Palacios, Carolina Pelleritti, Martin Piroyansky
Sinopse: Alex nasceu com ambas as características sexuais. Um dia, a família recebe a visita de um casal de amigos, que leva consigo o filho adolescente. É quando Alex, que está com 15 anos, e o jovem, de 16, sentem-se atraídos um pelo outro.
Nem só de futebol e tango nossos hermanos vivem. Este filme é realmente imprescindível na filmografia básica de qualquer pessoa.
A descoberta do sexo acontece para todo mundo, seja homem ou mulher, mas nesse caso trata-se de um(a) adolescente hermafrodita, caso em que torna o filme chocante e ao mesmo tempo interessante. Alex que é tratada por todos, inclusive os pais, como uma garota, tem sua personalidade mais ligada ao sexo masculino, inclusiva na sua descoberta sexual.
Inés Efron, que interpreta Alex, é magnífica, digna de elogios, pois é perfeita. Consegue passar todo o "desespero" da personagem, que também nos torna confusos em relação a isso, será que ela vai operar? SE operar, vai ser homem ou mulher? Ela(e) gosta de homem ou mulher? Porque apesar de se apaixonar Álvaro, não conseguimos distinguir se é uma relação hetero ou homossexual.
Filme se passa no interior do Uruguai, com belas paisagens, mas que se tornam tristes com o clima do filme e a cor cinza predominante, que nos leva mais ainda pra dentro da trama. Uma das coisas que ajuda também é a falta de trilha sonora, dando prioridade ao som ambiente, que dá aquele clima claustrofóbico.
Vale lembrar que ganhou o premio da critica no festival de Cannes, e que, ainda, gerou muita polêmica na comunidade médica, pois segundo os médicos o nome (XXY) não condiz com a ambigüidade sexual, e sim com outra doença a Síndrome de Klinefelter, mas isso não vem ao caso.
Não é um pipocão, tampouco para se assistir com a família, há algumas cenas que são no mínimo curiosas e chocantes, como a de tentativa de sexo, o que é curioso, pois Alex se sente como um homem, tanto que em grande parte do filme passa sem camisa, mas nada de exagerado como o Marcos Pasquim nas novelas rsrs.
Chocante e interessante, essas duas palavras resumem esta bela obra do cinema recente.
TRAILER:
Bruno Gonçalves
Estudante de Direito e Arauto do Caos
(Nota do Editor:Aproveitando a oportunidade para agradecer o selo (mais um) dado ao blog pela Júnia do Vintage Blog !!!)
Uma tematica bastante persuasiva. Acredito que o filme possua uma premissa genial, com uma sensibilidade dura, quase dolorosa. Incrivel a forma como eles passaram toda a sensacao de confusao sexual que a jovem se encontra. Parabens pela critica sucinta e esclarecedora.
ResponderExcluirPois e, estive longe, mas voltei de ferias e pretendo melhorar ainda mais o Cinemotica.
Passa la depois, abracos.
Um excelente filme que possui uma sensibilidade ímpar. Abraço!
ResponderExcluirGente,
ResponderExcluirAdorei a resenha, quero ver este filme de QUALQUER jeito.
Nossa, tudo de bom essa resenha...
Vou assistir e volto aqui para fazer meu comentário.
bjocas
Interessantíssimo!!! Pra mim uma super novidade que irei assistir o mais rápido possível!
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