sexta-feira, 5 de março de 2010





O fotografo Mauro Fiore foi um dos responsáveis pela ilusão de Cameron na criação e na visualização do planeta Pandora. Fiore é um homem de ação, tendo em seus créditos: A Ilha, Alta Velocidade, Ticker, Lágrimas do Sol, Smockin’ Aces e será o responsável pela fotografia da versão para tela grande do sucesso da tv Esquadrão Classe A. Além disso foi o diretor de fotografia de segunda unidade em Amistad, A Rocha e Armaggedon.


Se eu pudesse dar o premio a alguem certamente seria para a fotografia deslumbrante de Christian Berger. Filmado em cores e alterado na pós-produção para preto e branco, a fotografia é uma das mais bonitas da década. Gélida e artística. Velho conhecido dos que conhecem o trabalho de Haneke. Fotografou O Vídeo de Benny, 71 Fragmentos..., A Professora de Piano e Cachê.


A grande surpresa da categoria foi a indicação da sombria fotografia da fantasia (cada vez mais próxima dos livros finalmente) Harry Potter. Abusando dos tons de verde e das sombras para ilustrar com competência o roteiro. Delbonnel é francês e vem de lá seu trabalho mais conhecido, O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (indicado ao Oscar). Além desse ainda fotografou Eterno Amor (outra indicação) e Across the Universe.


O veterano Ackroyd é um dos responsáveis direto pela excelência encontrada em Guerra ao Terror. Conhecido de alguns filmes independentes interessantes como Vôo 93 e A Procura de Eric. Ackroyd também trabalhou muito na tv, o que talvez explique sua facilidade para a condução de seqüências que parecem terem sido filmadas em esquema de guerrilha: de forma ágil e rápida.


Richardson é a maior estrela dos indicados nesse ano. Em Bastardos mais uma vez demonstrou toda sua capacidade na criação de seqüências inesquecíveis (como a de abertura). Uma aula. Vencedor de 2 Oscars (por O Aviador e JFK) é um colaborador constante de Martin Scorsese, Oliver Stone e Quentin Tarantino (fraco o cara hein ?). Seus créditos incluem: Salvador, Platoon, Wall Street, Nascido em 4 de Julho, Doors, Questão de Honra, Entre o Céu e a Terra, Assassinos por Natureza, Cassino, Nixon, Mera Coincidência, Encantador de Cavalos, Neve Sobre Cedros, Kill Bill 1 e 2, Shine a Light e o (ainda inédito aqui) Shutter Island. Que currículo hein ?



Fico imaginando o caos que deve ter sido a parte de edição (e toda pós produção) de Avatar. Por questões óbvias Cameron filmava e quase que imediatamente tinha de editar, selecionando os trechos que iriam ser “transcodificados” e transformados na arte e beleza que nos foi apresentado. Realmente um trabalho único. Do trio, apenas Cameron tem um Oscar na categoria (Titanic). Rivkin esteve em: Piratas do Caribe (a trilogia toda), Stealth, Ali, Garotos Incríveis, Hurricane, Meu Primo Vinny, Nove Meses entre outros. Refoua por sua vez vem da tv, trabalhando nas séries: Dark Angel (16 episódios), CSI: Miami (30 episódios) entre outros.


Se não houvesse a disputa entre Avatar e Guerra ao Terror, seria até injusto que Clarke e sua edição mezzo documental/mezzo “Bourne” não vencesse a categoria. Inspirado trabalho do editor. Esse é seu grande momento na carreira. Antes disso, produções na tv e filmes descartáveis (Barbie em Fairytopia é um deles).


Se Guerra ao Terror funciona tão bem, um belo pedaço do bolo deve-se ao trabalho impecável de Murawski e Innes. Sujo, ágil e moderno funcionando perfeitamente entre as compilações de imagens que a diretora Bigelow capturou nos mais diversos jeitos e com as mais diferentes qualidade de imagem. Murawski é o editor de alguns filmes cool como Evil Dead 3: Army of Darkness, O Alvo, O Último Herói Americano, a trilogia Homem Aranha e Arraste-me Para o Inferno. Innes por sua vez tem uma carreira bem exótica. Ela foi a coordenadora de produção do famigerado “America’s Funniest Home Vídeos”, basicamente as videocassetadas americanas, além de ter sido editora Junior em JFK, Proposta Indecente e editora associada em GI Jane de Ridley Scott (carreira estranha não ?)


Tarantino gosta de montar suas equipes com gente experiente e talentosa. Menke é cria do diretor tendo editado todos os seus filmes anteriores. A edição num filme do diretor é fundamental para o tom, o ritmo e estilo visual do filme. Além dos créditos com Quentin (Cães de Aluguel, Pulp Fiction, Jackie Brown, Kill Bill 1 e 2 e Grindhouse) ela ainda esteve em Entre o Céu e a Terra e As Tartarugas Ninja. Indicada anteriormente por Pulp Fiction.


Klotz é o patinho feio da lista, afora as boas incursões pelo mundo dos sonhos da personagem principal. Muito do sucesso do filme estava exatamente na condução neutra do diretor e na montagem limpa. O que pode ter agradado aos votantes, exatamente por se manter distante das pirações modernosas. Klotz tem no currículo: The Deep End, Choke e Taking Chances.



James Horner apesar de menor fama do que outros contemporâneos, tem talento igual e em alguns momentos apresenta trabalhos mais interessantes, como a trilha de Titanic (afora a risível canção tema). Horner foi indicado 7 vezes, levando pelo já citado Titanic. Seus créditos incluem as indicações para: A Casa de Areia e Névoa, Uma Mente Brilhante, Apollo 13, Coração Valente, Campo dos Sonhos, Aliens e Fievel. Além dessas você ouviu Horner em: O Menino do Pijama Listrado, Apocalypto, Um Novo Mundo, Tróia, Meu Nome é Rádio, Íris, Jumanji, Willow, O Nome da Rosa, Coccon, Star Trek 2: A Ira de Khan entre muitos outros.


De uns anos pra cá o nome Alexandre Desplat é figurinha carimbada na categoria trilha sonora. Talentoso, inovador e sempre eficiente, o Fantástico Senhor Raposo é mais um exemplo de sua competência. Com essa, são três suas indicações ao prêmio (as anteriores foram por O Curioso Caso de Benjamin Button e a Rainha). Além desses dois, ele estava nas trilhas de: Lua Nova, Julie e Julia, Un Prophet, Coco Antes de Chanel, A Bússola de Ouro, Syriana, Moça com Brinco de Pérola entre muitos outros.


A estranha indicação da trilha de Guerra ao Terror, impediu que Onde Vivem os Monstros (a trilha mais divertida de 2009) fosse lembrada. A trilha (que quase não existe) é uma incógnita para mim e demonstra uma certa politicagem na escolha. Beltrami é um conhecido criador de trilhas de ação, tendo assinado: Max Payne, Duro de Matar 4.0, Os Indomáveis, Anjos da Noite: A Evolução, Eu,Robô, Hellboy, Três Enterros de Melquiades Estrada, Blade 2, ResidentE vil, Pânico 1 e 2 entre outros. Sanders por sua vez está quase sempre atuando em parceria a Beltrami, trabalhando em conjunto.


Uma lenda entre os novos compositores. Talentoso, criativo e único na criação de temas universais. Veterno de Oscar, o compositor foi indicado 7 vezes, levando pra casa um careca, pela trilha incrível de O Rei Leão. Suas outras indicações vieram para: Gladiador, Além da Linha Vermelha, O Príncipe do Egito, Melhor é Impossível, Rain Man e Um Anjo em Minha Vida. Além das indicações, Zimmer é lembrado pelas trilhas de Chuva Negra, Conduzindo Miss Daisy, Dias de Trovão, Hannibal, O Último Samurai, Rei Arthur, Madagascar, Batman Begins, Piratas do Caribe (os dois últimos), Os Simpsons – O Filme, O Cavaleiro das Trevas entre outros.


Giacchino é um compositor que consegue independente do trabalho apresentar suas marcas registradas o que dá a qualquer trilha do compositor, uma qualidade singular: a facilidade do publico reconhecer antes mesmo dos créditos o compositor. Tecnicamente (o Flávio pode falar melhor) pode até ser um problema, mas para o público leigo é fácil saber quando Giacchino comanda os acordes. Seus créditos: as séries Alias, LOST e Fringe e Star Trek entre muitos outros.


A favoritíssima ao prêmio. A composição country da dupla dele levar o premio da noite. T-Bone recebe sua segunda indicação (a outra foi para Scarlet Tide de Cold Mountain em que dividia os créditos com Elvis Costello). Seus outros créditos incluem Matadores de Velhinhas, Divinos Segredos, E ai Meu Irmão, Cade Você ?. Bingham é um quase novato, tendo mínimos créditos tanto de composição quanto de atuação.

A quase completa desconhecida Loin de Paname do igualmente desconhecido Paris 36 foi a grande surpresa na lista dos indicados a melhor canção original. Muitos dizem que a canção poderia ter sido substituída por outra canção de Nine, ou a canção de The Edge para Brothers ou mesmo Paul McCartney em Estamos Todos Bem. Reinhardt e Frank tem sua primeira indicação. Reinhardt tem uma prolífica carreira no cinema frances mas sem nenhum grande destaque. Thomas tem sua primeira oportunidade no cinema.

Maury compôs a trilha do musical no teatro e nada mais justo do que usar de sua experiência na composição/transposição para as telas. Antes dessa indicação Maury nunca tinha trabalho no cinema.

A atmosfera blueseira do desenho da Disney combinou perfeitamente com o compositor veterano Randy Newman, uma figurinha fácil em produções Disney/Pixar. Randy levou o Oscar de canção por Monstros S.A.. Randy levou outras indicações, para: Carros (canção), Monstros S.A. (trilha), Entrando Numa Fria (canção), Toy Story 2 (canção), Pleasantville (trilha), Vida de Inseto (trilha), Babe: Um Porquinho na Cidade (canção), James e o Pêssego Gigante (trilha), Toy Story (canção e trilha), O Jornal (canção), Avalon (trilha), O Tiro que Não Saiu Pela Culatra (canção), Um Homem Fora de Série (trilha) e Ragtime (trilha e canção).

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