quarta-feira, 14 de abril de 2010


Compositores – Parte II

Continuando as postagens que contam a vida e obra dos compositores, optei por outro grande mestre da “Music Score”, que desde os anos 80 vêm emocionando a todos com seu talento e experiência. Já fez música para mais de 100 filmes, foi indicado para vários prêmios, está trabalhando em filmes previstos para 2011, e a trilha sonora de um dos seus filmes ficou como o mais vendido da história. De que outra pessoa estaria falando?


O alemão Hans Florian Zimmer nasceu em 12 de setembro de 1957, em Frankfurt. Conhecido como um dos talentos musicais mais inovadores de Hollywood, mudou-se para Londres na sua adolescência. Em uma entrevista de 2006, Zimmer ressaltou que perdeu seu pai muito jovem, e então a música foi sua melhor amiga. Começou sua carreira trabalhando em alguns jingles para empresas. Em 1980 entrou para uma banda de New Wave chamada “Buggles”, e tocou no vídeo-clipe “Video Killed a Radio Star”. Com isso, teve a oportunidade de trabalhar com Maurizio Arcieri e Christina Moser, da banda italiana Krisma, outra banda de New Wave. Também trabalhou para bandas como Cathode Mammae e Helden.


Durante os anos 80, Hans Zimmer passou a trabalhar com o Stanley Myers, outro famoso compositor de filmes. Ambos trabalharam bastante na integração de música eletrônica com a música orquestral. E esta fusão foi muito usada em vários filmes, como “Moonlighting” (1982), “Best Revenge” (1984), “Insignificance” (1985) e “My Beautiful Laundrette” (1985).


Já em 1986, Hans conheceu David Byrne e Ryuchi Sakamoto, e o resultado foi nada mais, nada menos que o Oscar de 1988 com o filme “The Last Emperor”(1988). A partir deste sucesso fenomenal, Zimmer começou sua carreira solo como compositor para filmes, fazendo grandes experimentações musicais, que funcionaram muito bem para a música do cinema. Ainda em 1988 trabalhou com Chris Menges em “A World Apart”, e também em Rain Man, de Barry Levinson, este último sendo uma grande alavanca para o sucesso, onde faz grande uso de teclados sintetizados, vencendo o 1989 Academy Award.

Nos anos 90, com vários prêmios ganhos pelo seu trabalho, o aclamado Hans Zimmer passou a ser compositor de muitos filmes. “Driving Miss Daisy” (1991), de Bruce Beresford, foi digno do Grammy, e em 1994 aceitou compor a trilha de “The Lion King”, 1994 (este sendo primeiro filme que vi no cinema, com 6 anos de idade, rs), onde usa coros africanos inspirados na música composta para o filme “The Power of One” (1992)

Também trabalhou na trilha sonora de “Days of Thunder” (1990), “The Thin Red Line” (1998), “Prince of Egypt” (1998), e muitos outros.

A partir de 2000, Zimmer emocionou o mundo inteiro com a trilha de “Gladiator”, “Hannibal” e “The Pearl Harbor”(2001), “The Last Samurai” (2003, este completando uma carreira de 100 trilhas compostas), “Batman Begins” (2005), “Pirates of the Caribbean: Dead Man´s Chest” e “Da Vinci Code” (2006), “The Dark Knight” (2008).



Alguns “Best of” de Hans Zimmer.

Seria difícil definir, no caso de Morricone, Zimmer, Williams, entre tantos outros compositores, qual o melhor trabalho de cada um deles. A composição e performance de todos estes músicos é reconhecido no mundo inteiro, e cada um tem o seu detalhe especial. Pensando em escrever sobre alguns destes compositores que pude perceber “de perto” o grau de técnica, fluência e criatividade de todos esses grandes mestres. Comecei com Morricone, que com certeza foi uma grande influência para vários produtores, estudantes de música e apreciadores em geral, e essa semana achei interessante escrever sobre um dos grandes mestres da Trilha Sonora das últimas décadas.

Você gosta de algum compositor em especial? Comente! Selecionei alguns compositores para o FotoMusic Score, mas qualquer sugestão é bem-vinda!




3 comentários:

  1. Otimo texto sobre a importancia de um bom compositor por detras de um filme. Lembro-me da excelente parceria entre Fellini e Nico, o compositor. Gostaria muito de ver voces, competentes nessa area, falando dessa parceria que rendeu diversas criticas positivas, como inclusive a trilha sonora criada por Nico sendo considerada constituint FUNDAMENTAL de uma obra felliniana.

    Abraços, rapazes!

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  2. Cara, parabéns pelos seus artigos aqui no Fotograma, estão excelentes! Aí, eu gostaria de sugerir 2 compositores que gosto muito e não são muito conhecidos pra quem fica mais "na superfície": Howard Shore e Clint Mansell.

    Abração!

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  3. O melhor que tem hoje. Belo artigo.

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