E hoje, temos a estréia de mais um colaborador no Fotograma Digital. Gabriel Papaléo, do Rio de Janeiro para o mundo.
Em sua estréia, o menino prodígio, escreve sobre o filme Foi Apenas um Sonho.
Abraços !
(Revolutionary Road - 2008)
119 min. - Drama
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Justin Haythe
Com: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet e Michael Shannon
Cineasta egresso do teatro, Sam Mendes começou no cinema filmando o que ele sabia: diálogos. E só isso. Sua estréia em Beleza Americana é tão elogiada justamente pelo roteiro de Alan Ball (criador de True Blood). E, depois de provar que tinha um potencial enorme, Mendes nos entrega duas obras baseadas em dramas, mas com suas fortes doses de suspense: Estrada para Perdição e Soldado Anônimo. Nesses dois filmes, ele continua filmando drama como ninguém, mas prova que pode ir além disso, MUITO além disso.Em Foi Apenas um Sonho, Mendes volta as suas origens teatrais. Filmado quase inteiramente em ambientes fechados, o filme conta a história de Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio, com sua competência habitual) e sua mulher April (Kate Winslet, sua atuação merece um parágrafo aqui) que começam a ver que sua vida perdeu o sentido. Ele trabalha em um lugar que não o agrada e ela vive para os filhos e para o lar. Seus sonhos de viajarem o mundo acabaram. Tudo acabou, os filhos chegaram. Quando April começa a achar saídas pra reacender seus sonhos, ela planeja junto com Frank seus novos empregos em uma futura viagem pra Paris. E aí os problemas começam.
A direção de Mendes é segura, como sempre. Ele é O diretor exclusivamente de drama atualmente. Mas não só de atuações e direção Foi Apenas um Sonho sobrevive. A fotografia de aura branca, como um sonho(excelente essa sacada), é simplesmente perfeita. Roger Deakins continua o mesmo fotógrafo competente. A trilha de Thomas Newman, freqüente colaborador de Mendes, é triste, calma e se encaixa como uma luva no filme. Mas um destaque indiscutível do filme é o roteiro de Justin Haythe. É fiel ao livro de Richard Yates e o melhor: é pesado. Uma enxurrada de diálogos pesados e ácidos, que todo casal tem em seu cotidiano. Sujo, extremo. Os diálogos de Haythe potencializam a tensão da situação da família Wheeler.
Na trama, em sua agradável relação com os vizinhos, April começa a desabar. Ela não quer aquilo, ela está reprimida. E é com essa relação que o personagem esquizofrênico de Michael Shannon chega. Seu personagem diz o que pensa, é corajoso como poucos, desafia os conceitos da família e dos bons costumes e mexe com os nervos das pessoas da Revolutionary Road. Maravilhoso, ele mereceu sua indicação ao Oscar.
Indicação ao Oscar. Ta aí uma coisa que Kate Winslet não recebeu por Foi Apenas um Sonho. A coisa mais injusta do ano, junto com a não-indicação de The Dark Knight. Kate Winslet consegue expressar os sentimentos de uma mulher desesperada por algo novo, sem querer um cotidiano, sem querer cair na vida inútil de muita gente. Ela dá a entender que April é um ser vazio, pesada, cheio de culpa, ávido por um sonho. Kate faz sua melhor atuação até aqui. Perfeita.
Há uma ressalva ao título em português, que quebra totalmente o clima do filme. Por quê não Apenas um Sonho?! Vai entender esse tradutores... Quem ver o filme vai entender o por quê da minha revolta.
Acredito que Foi Apenas um Sonho é um dos melhores filmes de 2008 e é uma recomendação máxima. Procure nas locadoras, vale a pena. E, se você gostou de Requiem para um Sonho, vai adorar esse filme. É tenso e pesado. Resumo: É Sam Mendes.
A direção de Mendes é segura, como sempre. Ele é O diretor exclusivamente de drama atualmente. Mas não só de atuações e direção Foi Apenas um Sonho sobrevive. A fotografia de aura branca, como um sonho(excelente essa sacada), é simplesmente perfeita. Roger Deakins continua o mesmo fotógrafo competente. A trilha de Thomas Newman, freqüente colaborador de Mendes, é triste, calma e se encaixa como uma luva no filme. Mas um destaque indiscutível do filme é o roteiro de Justin Haythe. É fiel ao livro de Richard Yates e o melhor: é pesado. Uma enxurrada de diálogos pesados e ácidos, que todo casal tem em seu cotidiano. Sujo, extremo. Os diálogos de Haythe potencializam a tensão da situação da família Wheeler.
Na trama, em sua agradável relação com os vizinhos, April começa a desabar. Ela não quer aquilo, ela está reprimida. E é com essa relação que o personagem esquizofrênico de Michael Shannon chega. Seu personagem diz o que pensa, é corajoso como poucos, desafia os conceitos da família e dos bons costumes e mexe com os nervos das pessoas da Revolutionary Road. Maravilhoso, ele mereceu sua indicação ao Oscar.
Indicação ao Oscar. Ta aí uma coisa que Kate Winslet não recebeu por Foi Apenas um Sonho. A coisa mais injusta do ano, junto com a não-indicação de The Dark Knight. Kate Winslet consegue expressar os sentimentos de uma mulher desesperada por algo novo, sem querer um cotidiano, sem querer cair na vida inútil de muita gente. Ela dá a entender que April é um ser vazio, pesada, cheio de culpa, ávido por um sonho. Kate faz sua melhor atuação até aqui. Perfeita.
Há uma ressalva ao título em português, que quebra totalmente o clima do filme. Por quê não Apenas um Sonho?! Vai entender esse tradutores... Quem ver o filme vai entender o por quê da minha revolta.
Acredito que Foi Apenas um Sonho é um dos melhores filmes de 2008 e é uma recomendação máxima. Procure nas locadoras, vale a pena. E, se você gostou de Requiem para um Sonho, vai adorar esse filme. É tenso e pesado. Resumo: É Sam Mendes.
Trailer:
Vc escreve bem Gabriel!!! Adorei!! Mas ainda não consegui assistir ao filme, acabei dormindo, confesso! rsrs
ResponderExcluirbjss