(Transformers: Revenge of the Fallen - 2009)
150 min. - Ação
Diretor: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger, Roberto Orci e Alex Kurtzman
Com: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro e Ramon Rodriguez
Em 2007, um verdadeiro fenômeno estreou nos cinemas. Transformers, filme baseado na famosa linha de bonecos da Hasbro e no desenho oitentista, surpreendeu a todos. Divertido, cheio de ação, engraçado e por vezes inteligente, o filme arrancou elogios das críticas e do público, que ficou extasiado pela ação frenética.
Depois da ótima resposta e dos 709 milhões de dólares ganhos em bilheteria mundial, uma nova franquia começava. O poderoso Steven Spielberg, agindo aqui como produtor-executivo (mesma função que exerceu no primeiro), aumentou o orçamento para 200 Milhões. Isso possibilitou que os efeitos especiais, espetaculares no primeiro, fossem melhorados no segundo. Com a competência do elenco (principalmente de Shia LeBeouf) e o retorno de toda a equipe do primeiro, Transformers 2 parecia ir para o mesmo caminho de blockbuster inteligente.
Nessa nova trama, Sam (LeBeouf) vai para a faculdade e leva Bumblebee junto. Mikaela (Megan Fox, estonteante) fica em sua oficina trabalhando, mas poderá conversar com Sam pela internet. Os militares, agora numa “força-tarefa-anti-Decepticon”, conta com a ajuda de Optimus Prime e sua trupe alienígena. Voltando a faculdade, Sam acha um pedaço perdido do Allspark, caído no seu casaco. Quando o pega, ele surta e ficar super-inteligente e começa a desenhar aqueles símbolos estranhos que seu tataravô desenhava no primeiro filme.
Para piorar de vez a situação, Fallen, um antigo robô renegado que agora é chefe dos Decepticons, vem para a Terra para sua vingança.
Mas a decepção apareceu e pude ver o quão desastroso é Transformers 2. O roteiro de Alex Kurtzman, Roberto Orci (roteiristas do primeiro) e Ehren Kruger desmente o que houve posteriormente, criando de forma apressado e sem talento um capítulo que pode ser acompanhado sem ter visto o primeiro. Anteriormente, os Autobots chegaram a Terra pela primeira vez para pegar o Allspark. Mas na primeira cena de Transformers 2, há vários robôs Decepticons trabalhando num deserto, dezenas de milhares de anos antes de Cristo! Outra contradição evidente: Sam tinha sido procurado no primeiro por ser o dono dos óculos. Pelos óculos ele se meteu nessa guerra. Já no segundo filme, há uma tosca Adaga do Destino da qual Sam tem que pegar. E tudo isso com uma narração que diz que ele só está ali porque é o Escolhido. Mas não tinha sido por sorte(ou azar) que ele tinha se metido naquilo tudo?!
E o mais ridículo de tudo: Agora existem Decepticons transmorfos.
Pífio, o roteiro é um dos piores já feitos na história e um evidente trabalho feito ás pressas, sem a mínima preocupação de ser algo competente.
A trilha sonora de Steve Jablonsky é normal. A mesma coisa do primeiro, algo que empolga e nada mais. A fotografia passa despercebida, a edição é ágil e mantém o clima de ação, uma constante nesse filme. Já os efeitos especiais estão até inferiores aos do primeiro, mas continuam algo de primeira linha, com a marca de qualidade da Industrial Light and Magic.
O elenco, algo de muita qualidade no primeiro filme, continua muito bom. Mas os poucos atores que entraram pra contar a história não ajudam. Um grande exemplo disso é o personagem Leo Spitz, do limitado ator Ramón Rodríguez. Ele está ali para ser o alívio cômico e nada mais. E nem pra isso serve, já que o roteiro e seus possíveis improvisos o fazem ser sem graça.
Mas o pior de tudo é, sem dúvida, a falta de competência de Michael Bay. No primeiro filme, ele estava contido, sem aquelas suas manias ridículas como o mocinho acenando pro jato militar e a câmera não parar de jeito nenhum. Nem diálogo estático ele sabe filmar. É Michael Bay implodindo um filme por sua falta de talento.
Apesar de todos esses erros grotescos que fazem desse filme algo insosso e frouxo, o público normal de cinema não tem o que reclamar. São 147 minutos de pura pancadaria, robôs mortos e ressuscitados, alívios cômicos que só fazem adolescentes rirem e um clímax de cerca de 40 minutos no final. Algo totalmente exagerado, só pra ter ação descerebrada, que incluem até os pais de Sam na guerra. Algo sem talento, mas que passará despercebido pelo público.
Um filme divertido mas extremamente estressante para um cinéfilo. O recomendo como o Sexta-Feira 13, apenas pra ver com amigos. Mas acredito que esse seja um produto inferior até mesmo ao filme de Jason.
Que Michael Bay deixe Alex Kurtzman e Roberto Orci trabalharem em Transformers 3. Eles são profissionais que não são limitados, e que sabem escrever muito bem e não são incapacitados como ele.
TRAILER:
Concordo em algumas coisas e discordo em outras.
ResponderExcluirEU acredito que realmente faltou um roteiro decente, pois a história é achada.
Seria muito melhor se tivesse algum gancho de ligação entre o 1º e o 2º, para que seja um motivo decente para uma continuação.
Uma história que fosse contada em 2, 3 filmes sei lá, mas que tenh nexo.
Mas no geral, analisando em todos os aspectos eu ainda acredito que o 2º ainda seja um pouco melhor que o 1º, que tem cara de sessão da tarde.
A ação excerbada no final é média, poderia ser mais curta e mais bem feita.
Ninguém é perfeito.
;)
Eu também acho que o segundo é superior ao primeiro, mas eu sinceramente não gosto de Tranformers - nem mesmo o desenho me cativava.
ResponderExcluirabraço!
Alexandre, você está com problemas pra visualizar os seguidores do seu blog ou dos outros? abraço!
ResponderExcluirCristiano, estou com problemas para visualizar os meus sim e dos outros ... deve ser o blogger dando "pau"
ResponderExcluirAinda não tive a oportunidade de ver nenhum dos dois filmes, mas o farei o mais breve possivel!
ResponderExcluirParticipa lá do Desafio Cinemótica, amigo!
Abraços.